Enfim, imunizada
Ministério da Saúde corrige cadastro e menina dada como morta é vacinada em Porto Alegre
Segundo o órgão federal, o erro não deveria ter impedido que Heloísa fosse vacinada quando os pais procuraram atendimento, no dia 1º de fevereiro
Acabou a espera. Enfim, a menina Heloísa Michel de Oliveira, oito anos, recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19. Foi no final da manhã desta sexta-feira (11), no Centro de Saúde Santa Marta, na região central de Porto Alegre. Um erro no cadastro de Heloísa no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) havia dado a menina como morta em 2013, cerca de um mês depois do seu nascimento, o que inicialmente impediu a imunização da menina.
Desde o dia 1º de fevereiro, os pais tentavam vacinar a filha, como GZH mostrou na manhã desta sexta-feira (11). Após o contato da reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informou que iria receber Heloísa para tomar a primeira dose do imunizante contra a covid-19. O atendimento foi marcado para a unidade no Centro Histórico e ocorreu próximo do meio-dia.
Ainda assim, o problema no cadastro seguia. Mas, esse ponto também foi resolvido. Enquanto Heloísa era vacinada, o Ministério da Saúde respondeu aos questionamentos sobre o caso, enviados na quinta-feira pela reportagem.
A pasta informou que "os operadores do CadSUS Web no município detêm permissão de acesso ao sistema para realizarem tais correções quando identificadas". No entanto, o próprio ministério afirmou que havia feito "a correção necessária" nesta sexta-feira. Portanto, o cadastro de Heloísa não consta mais como óbito na base do SUS.
O órgão ainda ressaltou que as secretarias Estaduais e Municipais de Saúde devem cumprir a portaria que regulamenta o Sistema Cartão Nacional de Saúde. Pelo documento, um erro no cadastro ou impossibilidade de consultá-lo não pode impedir o atendimento. Sendo assim, Heloísa deveria ter sido vacinada e depois a correção seria feita.
Imunizada, Heloísa deixou o Santa Marta acompanhada do pai, André Dorneles de Oliveira, 43 anos, e feliz da vida. Ela estava ansiosa para receber a vacina e, como recorda o pai, ficou chateada por não ter sido atendida no dia 1º de fevereiro, quando a família buscou atendimento pela primeira vez.
— Eu estou superfeliz. Muito obrigado pela ajuda — comemorou a menina ao deixar o Santa Marta.