Direto da Redação
Caroline Tidra: "Vamos falar sobre bateria social"
Jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano
Você sabe o que é bateria social? Bom, se não sabe, essa coluna é para você. Bateria social é uma expressão que podemos naturalizar a essa altura. Nada mais é do que quanto tempo você tem para entregar no convívio com outros, ou seja, quanto tempo você consegue socializar com pessoas – pode ser até chamada de paciência para ouvir e falar. Ela é nossa régua para sentir o momento de dizer “Bom, já vou indo embora” ou “Está na hora de você ir embora”.
É algo que todos nós temos, uns com muito – até carga infinita – e outros com pouco, quase nada. Além disso, existem os diferentes tipos de ambientes de socialização e cada um deles pode afetar de maneira diferente a nossa bateria social. Pode ser que a sua energia seja mais consumida na interação com pessoas desconhecidas ou, pelo contrário, com pessoas mais que conhecidas, os familiares.
Empatia
No geral, a minha bateria é bem grande, principalmente, em relação a encontros presenciais, sou muito mais disposta. Também gosto de ouvir histórias e vivências diferentes da minha – é um prazer na hora de entrevistar alguém. No entanto, esses dias senti que minha bateria acabou em meio a um aniversário. Simplesmente eu não conseguia mais raciocinar o que as pessoas me falavam e ter uma resposta para comentar. Percebi que tinha sido um acúmulo de situações que antecederam esse momento. Fui para casa, dormi e no outro dia poderia ir a mais uns três aniversários, se fosse o caso.
O que é importante é entender a si mesmo e quais situações e pessoas te consomem a bateria. A saída é gerenciar essa energia e se perguntar sobre essa disponibilidade para o outro. Ninguém merece conversar com alguém que não quer estar ali. E para quem é disposto o tempo todo, é legal tentar ser empático com quem quer ir embora. Não é necessário esgotar a bateria de ninguém, assim todo mundo segue se aguentando com respeito.