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Casal de Gravataí faz da reciclagem fonte de renda para cuidar de animais

Alexandre e Denise acolhem nove cães e 29 gatos em uma chácara da cidade

14/03/2022 - 15h44min

Atualizada em: 14/03/2022 - 15h44min


Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Animais estão disponíveis para adoção

Hoje é comemorado o Dia Nacional dos Animais. A data foi idealizada para tentar conscientizar as pessoas sobre a importância de se ter responsabilidade, cuidado e dar acolhimento aos bichinhos. Pensando nisso, tradicionalmente a seção Bicharada costuma divulgar o trabalho de pessoas que se dedicam à causa, além de compartilhar as informações de animais que buscam novos lares. 

Conheça hoje os esforços de um casal de Gravataí que encontrou na reciclagem uma forma de sustentar seus mascotes e veja, ainda, como adotar pets à espera de novas famílias.  

A ligação de Alexandre Pimentel, 58 anos, com os animais começou cedo. Por ter vivido a infância em uma casa com muitos cães, se acostumou a tê-los por perto. É que a mãe, ele conta, sempre foi apaixonada pelos mascotes. Então, ao longo de sua vida, foi tentando ajudar os bichos que encontrava em situações difíceis. No final do ano passado, ele e a família se mudaram para uma chácara localizada no bairro Passo das Pedras, em Gravataí. Mas, lá, moravam nove cães e 29 gatos. Por enfrentar problemas financeiros, em decorrência da pandemia, precisou buscar formas de manter os bichinhos. A saída que encontrou foi investir na coleta de materiais recicláveis.

Pensar em ações que colaborem para a preservação do meio ambiente é algo que também já fazia parte da trajetória de Alexandre. Ele explica que, quando criança, já tinha o hábito de recolher das ruas materiais que pudessem prejudicar o ambiente. Então, foi natural ter entendido que essa poderia ser uma prática que ajudaria a dar suporte aos animais. 

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– Tenho uma formação de vida espiritualista. Isso me fez, desde pequeno, ter interesse por causas ecológicas e humanitárias. Elas sempre me tocaram. E, sobre os animais, a sensibilidade deles me emociona muito – comenta. 

Renda 

Além de alimentação para os pets, o cuidado com a saúde deles é outro ponto importante para os tutores. Denise Viafore, 52 anos, esposa de Alexandre, comenta que, recentemente, alguns filhotes de gatos nasceram prematuros e, por isso, demandam cuidados especiais. Já uma das cadelas da chácara está com sarna, e eles têm tratado o animal. Outros precisam ser castrados, o que gera mais gastos para a família.  

– Estamos com essa bicharada. A gente gosta de tê-los por perto, dando carinho, atenção. Mas a dificuldade bate à porta. A questão financeira dificulta mantermos estes animais da melhor forma que gostaríamos. Mas não vamos abandoná-los – afirma Denise. 

O tutor trabalhava comercializando filtros de água, porém, suas vendas pararam durante a pandemia. Assim, precisou pensar em outras formas de gerar renda e decidiu investir na reciclagem. Mas, diante do aperto financeiro, o negócio que seria para ajudar os animais também acabou se convertendo em uma fonte de sustento para a família. 

Os principais produtos que Alexandre recolhe são sucatas e lixos eletrônicos. Com seu carro, ele se oferece para ir até os locais onde estão os materiais. Então, a geladeira ou fogão velho, o computador danificado e sem uso ou até mesmo as cadeiras giratórias que serão descartadas se convertem em valores para ração e alimentos.

Entre em contato
/// Alexandre se oferece para buscar os materiais em Gravataí e nas cidades da Região Metropolitana. Caso tenha algum produto que gostaria de descartar, converse com o protetor.
/// É possível fazer contato pelo WhatsApp (51) 98473-5395.

Sapucaia: pedidos de ração

Há três anos, a cadela do pintor Jorge Freitas, 45 anos, teve 11 filhotes. Ela escapou de casa em uma época que estava no cio. Desde então, a quantidade dos animais na casa só aumentou. 

O morador do bairro Jardim, em Sapucaia do Sul, comenta que ele e a esposa não ganham uma renda suficiente para castrar os bichos e, assim, eles seguem procriando. Hoje, estão com 10 cadelas e oito cachorros na residência. A dificuldade financeira, que os impede de fazer a cirurgia nos animais, também tem sido motivo de preocupação em relação à alimentação. Eles estão com dificuldades de comprar ração para os cães. Por isso, pedem ajuda com doações de alimentos para os bichinhos. 

Para colaborar, ligue para Jorge pelo telefone (51) 98476-7448. E abaixo, veja alguns de seus cães que estão disponíveis para adoção. 

Produção: Émerson Santos 



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