Perguntas e respostas
Entenda: quem deve se vacinar contra o sarampo e por que a dose é importante
Campanha nacional de vacinação começa em 4 de abril e será realizada ao mesmo tempo que a da gripe
A campanha nacional de vacinação contra o sarampo será realizada, neste ano, ao mesmo tempo em que a da gripe, com início previsto no dia 4 de abril.
As doses da tríplice viral — que protegem contra o sarampo, a rubéola e a caxumba — serão aplicadas em crianças de seis meses até cinco anos incompletos (quatro anos, 11 meses e 29 dias) e trabalhadores da saúde. Os dois públicos serão chamados em etapas diferentes do calendário.
O Brasil chegou a receber, da Organização Mundial de Saúde (OMS), o certificado de eliminação do vírus do sarampo (2016), mas perdeu a distinção em 2019, após a confirmação de casos e óbitos.
No Rio Grande do Sul, em consequência da volta da circulação do vírus no país e da queda na cobertura vacinal, houve surtos de sarampo em 2018 (47 casos), 2019 (cem casos) e 2020 (37 casos) — sem mortes.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), o último registro confirmado da doença foi em abril de 2020. “Contudo, tendo em vista que a circulação do vírus ainda ocorre no país, inclusive em 2022, o Estado encontra-se em permanente alerta para a identificação oportuna de casos suspeitos e buscando a melhoria das coberturas vacinais”, informa a SES.
Confira, abaixo, respostas para algumas das dúvidas mais comuns sobre a doença e a vacinação.
Quais as características do sarampo?
Trata-se de uma doença grave, altamente contagiosa. Atinge principalmente crianças, mas também pode acometer adultos.
Como o vírus é transmitido?
O vírus se espalha por tosse e espirros, contato pessoal próximo ou contato direto com secreção de nariz ou garganta infectadas.
Quais são os sintomas da doença?
Entre os primeiros sintomas, estão febre alta, secreção nasal, tosse, olhos vermelhos e aquosos. Pequenas manchas brancas na parte interna das bochechas podem aparecer no início do quadro. O exantema (erupção cutânea) surge depois de alguns dias, em geral no rosto e na parte superior do pescoço. As erupções de pele podem se espalhar para mãos e pés.
Há risco de o sarampo causar diarreia intensa, infecção de ouvido, perda da visão, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro), levando à morte.
O que é a vacina tríplice viral?
A dose protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. A vacina é oferecida nos postos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de graça.
Quem deve se vacinar na campanha deste ano contra o sarampo?
Profissionais da área da saúde que precisarem atualizar sua situação vacinal e crianças entre seis meses e cinco anos incompletos (quatro anos, 11 meses e 29 dias) com qualquer status de imunização (em dia ou não).
Quando será a vacinação?
A campanha de imunização contra o sarampo será realizada ao mesmo tempo em que a da gripe, de 4 de abril a 3 de junho. Trabalhadores da saúde devem comparecer aos pontos de vacinação na primeira etapa, de 4 de abril a 2 de maio. Crianças de seis meses a cinco anos incompletos (quatro anos, 11 meses e 29 dias) serão chamadas na fase seguinte, de 3 de maio a 3 de junho.
Quantas doses de tríplice viral devem ser tomadas na infância?
Uma dose de tríplice viral aos 12 meses e uma de tetraviral (ou tríplice viral + dose contra a varicela) aos 15 meses.
Todas as crianças entre seis meses e cinco anos incompletos precisam receber a tríplice viral na campanha deste ano, independentemente do número de doses anteriores já recebidas?
Sim, todas devem tomar uma dose.
Quantas doses serão distribuídas no Brasil?
A campanha nacional é dirigida a 12,9 milhões de crianças dessa faixa etária específica, de acordo com o Ministério da Saúde. No Rio Grande do Sul, conforme a SES, a população-alvo é de 620.931 crianças. Para os profissionais de saúde, haverá 415.390 doses disponíveis no Estado.
Qual a meta de vacinação a ser atingida?
Para todo o Brasil, o objetivo é imunizar, pelo menos, 95% do público-alvo infantil total, o que representa 12,3 milhões de crianças. Para os trabalhadores da saúde, não há meta estipulada.
Fontes: Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas)