Precisamos falar sobre o pão francês folhado. Quem inventou essa delícia em forma de carboidrato retorcido? Descobri há pouco, meio sem querer. Nem deveria ter experimentado, quem mandou ser gulosa e curiosa. Foi um tal de revirar os olhos, sabe assim? Entrou direto pra lista dos meus pães preferidos. Ele é a mistura perfeita de cacetinho com croissant. Sem pesar na manteiga como alguns croissants. E sem ficar massudo como a maioria dos pães franceses. Queria um agora mesmo.

Pães de todos os estilos me interessam. Estou sempre de olho nas novidades, sem abandonar os clássicos. Se a força de vontade pra me manter longe de pão é quase inexistente, o pessoal também não colabora. Padeiros criativos, que perigo! Eles se desafiam com a mão na massa, depois nos desafiam a provar. Hummm. Transformam farinha e fermento em maravilhosidades. Acrescentam ingredientes inesperados, e a gente fala (até de boca cheia): "Como ninguém pensou nisso antes?!" 

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Memória afetiva

Agora olhe de outro ponto de vista: pão é mais que comida. Ele é memória afetiva quando suas receitas passam de geração a geração, trazendo lembranças gostosas. Na pandemia, foi lazer pra todos nós. No fíndi e no forno, é perfume pela casa. Pão é agregador, reúne a família em rituais nas demoradas mesas de café da tarde. Faz os assuntos brotarem. Pão também é lição de vida: às vezes, a gente só precisa dele e de uma manteiguinha derretida pra ser feliz. Pão é simplicidade.

Ainda nem comentei dos doces e recheados, como pode tanta variação? Os rústicos com fermentação natural são um caso à parte. Por fora, parecem lua cheia. Por dentro, queijo suíço. Come, vai. Cada furinho, um suspiro. Viva todo mundo que se aventura a fazer pão com ou sem sova. Com receita ao pé da letra ou inventada. Pra comer limpando o molho do prato, no sanduba à noite, torrado e picado na sopa, apenas com ovo por cima ou servindo de cama pra lindas bruschettas. Tá servido?