Para quem partilha os dias comigo, não é segredo que mudei bastante depois que passei a fazer terapia assiduamente. Não ouso dizer que me tornei alguém melhor:  talvez, mais reflexiva e cuidadosa com a minha conduta. 

“Seja generosa com você”, foi o que disse a terapeuta após meses de encontros semanais e desabafos meus sobre exigências e estresse. Essa frase me pareceu estranha na primeira vez que ouvi, mas hoje faz todo sentido. O que a Daiana tentou me dizer foi que, por mais que as coisas não saíssem como eu desejava, ainda assim, estaria fazendo o meu melhor, visto que a intenção de desenvolver e impulsionar o destino em direção aos meus sonhos e objetivos, a busca em entregar o melhor, era genuína. E como isso faz sentido quando penso na minha jornada. A vida já tem tantos baixos e altos, adversidades, angústia e dores: por que preciso ainda ser dura comigo o tempo todo, mesmo quando entrego o meu melhor?

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Sem culpa

Poucas pessoas se sentem confortáveis em olhar e priorizar a si. Às vezes, pode soar como egoísmo. Não! Não é egoísmo. Como podemos cuidar e amar o outro quando estamos tão centrados na nossa autocrítica? Se culpar e sofrer com isso, de certa forma, é um comportamento centralizador, e ser autocentrado não ajuda em nada o outro, nem o mundo. Portanto, ser uma pessoa generosa com você é uma ótima forma de praticar a autocompaixão e viver melhor. Cuide de si com amor, carinho e muita gentileza.

Quando nos damos a oportunidade de entender o momento, as nossas fraquezas e os nossos limites, abrimos caminho para o acolhimento e, com isso, eliminamos a culpa e tendemos a induzir a mente a novas escolhas e infinitas possibilidades de felicidade.