Esses dias, vi uma entrevista bem legal com um astro de Hollywood. Ele contava das experiências alternativas de autoconhecimento que fez, da autoconfiança que conquistou. E aí largou a pérola: 99% das coisas que nos preocupam (ou até nos enlouquecem) acontecem somente dentro da nossa cabeça. Ou seja, a gente sofre demais pensando naquilo, antecipa medos e angústias, fica preso em um redemoinho de pensamentos ruins e tudo parece tão real. Mas nunca chega de fato a acontecer.

Sozinha na sala, concordei tanto balançando a cabeça que quase fiquei com uma real dor na cervical. Lembrei das minhas noites em claro, que seguido voltam a me atormentar. Se tem um momento em que a cachola transborda de minhocas e nos deparamos com preocupações inesperadas é durante a insônia. Pode ter, sim, algo concreto nos tirando o sono. Só que, na maioria das vezes, a gente se distrai indo ao banheiro e depois a mente se recusa a aquietar. Hiperativa e criadora de confusão.

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Esponja

É como se o travesseiro virasse uma grande esponja absorvendo todos os problemas e mandando tudo direto pro seu cérebro. Dormir como? Se você não consegue esvaziar a cabeça com exercícios de meditação ou força de vontade (se recusando a cair nessa armadilha), vai fritar na cama. As tretas mesmo? Deixa pra resolver na manhã seguinte. Já reparou que os problemas voltam a ter o seu tamanho verdadeiro depois que acordamos, tomamos café e damos bom dia pra vida?

Pior que os 99% de preocupações irreais que o famoso citou acontecem com todo mundo, a qualquer hora. O estudante na véspera da prova. O trabalhador antes da entrevista de emprego ou de uma apresentação importante. Os pais antecipando as dificuldades dos filhos (idem o inverso). A saída? Essa sexta lindinha que chega, e sempre traz algum alívio. Aproveite o fíndi pra relaxar, passear, encontrar amigos, reunir a família (ou ficar no sossego). As preocupações que esperem até segunda-feira.