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Educação prejudicada

Sede do Instituto de Educação Flores da Cunha está sem luz há mais de uma semana após furto de cabos

Alunos retomaram as aulas com horário reduzido para aproveitar a luz natural 

16/06/2022 - 10h36min


Tiago Bitencourt
Tiago Bitencourt
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Instituto Flores da Cunha / Divulgação
Fios foram arrancados de um poste e da rede elétrica

O furto de cabos deixa uma das atuais sedes do Instituto de Educação Flores da Cunha, a da rua Cabral, bairro Rio Branco, em Porto Alegre, sem luz há mais de uma semana. Nesta quarta-feira (15), 650 alunos estão tendo aula em período reduzido para que a luminosidade do sol seja aproveitada. A escola funciona, atualmente, em diferentes prédios, em função de obras na sede original.

O caso ocorreu na noite da segunda-feira (6) da semana passada. Fios foram arrancados de um poste e da rede elétrica. 

A funcionária que chegou para trabalhar por volta das 6h do dia seguinte, terça-feira (7), foi quem percebeu o dano e a falta de luz. Os estudantes começaram a ser dispensados e não houve aulas até a sexta-feira (10). 

A diretora, Alessandra Lemes da Rosa, durante esses dias, acionou a CEEE Equatorial, comunicou a Coordenadoria de Educação, registrou boletim de ocorrência e enviou ofício para a Secretaria Estadual da Educação (Seduc). Foram agendadas visitas técnicas e, nesta quarta (15), ela está na Seduc buscando uma previsão para a retomada do serviço. 

— Eu reuni os professores para que dissidíssemos o que fazer. E optamos por retomar as aulas essa semana com período reduzido — explica Alessandra. 

Desde segunda-feira (13), na sede do bairro Rio Branco, os alunos estão tendo períodos de 30 minutos, ao invés de 50, e a entrada está ocorrendo mais tarde, 9h, ao invés de 7h30min. Já a saída é antecipada para 12h15min, ao invés de 12h45min. À tarde, os alunos estão entrando 13h20min e saindo 16h35min, ao invés de 18h30min. 

— É uma atitude inconsequente de quem faz esse tipo de furto — desabafa a diretora. 

Outras partes da rotina da escola também tiveram que ser alteradas. Os alimentos da merenda que necessitam de refrigeração foram levados para outra sede. A secretaria também foi para outro local e as cópias de provas e documentos tem que ser buscados por uma funcionária em outras sedes. 

O engenheiro químico Evandro Luis Janovik, 51 anos, tem os filhos trigêmeos estudando no local. E relata que a rotina familiar também é alterada. 

— Eu ainda tenho disponibilidade, posso buscar mais cedo. E os outros pais? Que não tem essa flexibilização? — questiona.

Ao todo, cinco metros de fios foram levados pelos criminosos. Um buraco ficou no chão, junto ao poste. A Seduc afirma estar ciente da situação, mas alega ainda estar fazendo um levantamento de danos. A pasta não deu previsão para solução do problema. 

A sede principal do Instituto Educacional Flores da Cunha, na Avenida Osvaldo Aranha, teve as obras de reforma retomadas em janeiro desse ano após várias paralisações, desde 2012. O local está desocupado desde 2017, quando os alunos foram transferidos para diferentes sedes em Porto Alegre. 

Além da Rua Cabral, onde estão estudantes do quinto ano em diante, alunos das séries iniciais estão em um prédio na Rua José Bonifácio, os da Educação Infantil na Felipe de Oliveira e o noturno no Instituto Rio Branco, na Protásio Alves. Nestes locais,  não há registro de problemas. 

Posição da Seduc

Em relação ao furto dos fios de energia elétrica do Centro Estadual de Formação de Professores do Instituto de Educação Flores Da Cunha, de Porto Alegre, a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), por meio da 1ª CRE, informa que já autorizou a realização de obra emergencial com dispensa de licitação para agilizar o retorno da luz. Também foi liberada pela Seduc uma verba emergencial. A previsão é de que o serviço esteja concluído em até 15 dias. 

Enquanto isso, os alunos seguem tendo aulas em horário reduzido, das 8h às 12h e das 13h20min às 16h30min. O cronograma de recuperação da carga horária já foi devidamente apresentado pela escola e ocorre durante o ano letivo.


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