Notícias



Ficou salgado

Substituição de marcas, pesquisa e estoque em casa: as alternativas dos consumidores para driblar alta do preço do leite

Em Porto Alegre, produto já é vendido acima de R$ 7 em alguns estabelecimentos, segundo pesquisa da reportagem de GZH

21/06/2022 - 12h41min


Ian Tâmbara
Ian Tâmbara
Enviar E-mail
Stock Photos / Divulgação

A alta no valor de produtos básicos também já impacta a venda de laticínios em Porto Alegre. Para driblar o preço elevado, só resta aos consumidores pesquisar. Em um mesmo supermercado, por exemplo, entre seis marcas diferentes de leite integral, os valores variam até R$ 0,70 o litro, do mais caro ao mais barato.

Além da diferença entre marcas, o preço do litro do leite integral de caixinha é vendido a preços ainda abaixo dos R$ 5 e acima dos R$ 7, segundo pesquisa da reportagem de GZH, nesta segunda-feira (20), em duas lojas de grandes redes, uma de médio porte, uma rede atacadista e dois minimercados, todos em Porto Alegre.

Em dados fornecidos para a colunista Giane Guerra, o Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas (Iepe), da UFRGS, informou que o litro do leite custava, em média, R$ 4,53 em maio na região metropolitana de Porto Alegre.

O departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) realiza, de forma periódica, a pesquisa de altas e baixas dos principais itens de cesta básica em municípios gaúchos. De acordo com o professor Tiaraju Alves De Freitas, que coordena a pesquisa, mesmo com a alta, as famílias não deixam de comprar o leite, e precisam criar alternativas, como pesquisar os valores antes de ir às compras.

— Sempre que se tem uma alta no preço de algum produto, é comum se procurar uma substituição por outro mais barato. Mas, no caso do leite, as famílias possuem mais dificuldade de suprir a ausência no dia a dia. Logo, a melhor alternativa passa a ser mesmo a pesquisa prévia dos valores — recomenda o professor.

Estar de olho nas melhores ofertas antes de ir ao supermercado é uma prática comum para Clovis e Enia Penha, casal de aposentados que foi ao supermercado nesta segunda-feira com o objetivo de comprar uma marca específica, que eles já sabiam que estava em promoção naquele local. Enia relata que o jeito tem sido procurar toda semana pelos locais que tenham o preço mais baixo.

— É isso que fazemos. Chega toda semana e procuramos os preços, e assim vamos naqueles produtos mais em conta. Está muito difícil (o preço) comparado com o salário que a gente ganha — afirma a aposentada.

Ainda assim, em razão da rotina apertada, nem todas as pessoas conseguem procurar as melhores ofertas ou até mesmo ir aos locais que oferecem menores preços. Por isso, quem não consegue fazer essa pesquisa prévia pode ter outras alternativas, como explica o professor Tiaraju:

— É interessante também tentar garantir um estoque maior em casa, e ir ao supermercado sem a obrigação de ter que sair imediatamente com o produto. Assim, é possível conferir com mais calma a variedade de preços.

Além disso, outra ação útil aos consumidores é ficar de olho no aplicativo Menor Preço, que mostra quais estabelecimentos apresentam valores mais baixos. As informações são atualizadas sempre que um local realiza uma venda com emissão de nota fiscal.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias