Presente não de shopping, mas de estar presente. De saber se os filhos estão bem pelo tom da voz. De ensinar e aprender. De estar disponível e querer fazer parte do seu mundo, conhecer os amigos, ouvir suas músicas e problemas. Aconselhar, ajudar, sentar no chão e brincar. Vida corrida não é desculpa. Nesse país onde tantas crianças não possuem o nome do pai na certidão de nascimento, exercer a paternidade (no papel e no dia a dia) é ocupar um espaço valioso na memória afetiva dos filhos. 

Pais, considerem essa coluna como um aquece para o próximo domingo. Não abram mão desse convívio. Pequeno ou crescido, todo filho precisa da figura paterna. Pertinho, de preferência. Pra internalizar seu exemplo até sem se dar conta. Que seja um detalhe morar junto ou separado, na mesma cidade ou a quilômetros de distância. Tomara que nem um oceano consiga afastar vocês. Pensando igual ou diferente, e respeitando isso. Conversando e se entendendo. Sem perder tempo com bobagens.

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Relação

Filhos e filhas, nada adianta do lado de lá se vocês não agirem do lado de cá da relação. Estejam presentes também. Taí algo que todo pai merece ganhar: atenção plena. No domingo, se concentrem em enxergar esse homem. Olhar com carinho o seu sorriso, as rugas e preocupações. Quem acha moleza criar um filho é porque ainda não teve essa experiência. Ter paciência com o pai idoso é outro baita presente. Lembra tudo que ele já fez por você. Sorte ter o pai ainda vivo. Abraça o seu por mim, tá?

Falando nisso, aqui vai um recado em especial pra pais e filhos homens. Não tenham vergonha de abraçar, beijar e dizer eu te amo. Coisa mais linda uma sincera demonstração de amor. Tirem fotos juntos, muitas. Pra quem perdeu o pai há pouco ou há anos, essa é uma data difícil (sempre vai ser). Mas eles se fazem presentes nas nossas vidas de algum jeito. Esses dias, a caminho da farmácia, senti o pai assoprando no meu ouvido o nome de um remédio que ele indicava pra tudo. Curei só de ouvir.