Papo Reto
Manoel Soares nos ensina a cuidar do nosso axé
Colunista escreve para o Diário Gaúcho aos sábados
Sabe quando a sua energia está baixa? Aquela parada de você estar bem e quando encontra uma pessoa ou entra em um ambiente parece que te suga? Isso é quando conseguem tocar em nosso axé. Algumas pessoas preconceituosas demonizam essa palavra por pertencer ao idioma Iorubá, que é oriundo da África.
Mas o nosso axé nada mais é que nossa força vital, nossa luz própria. Quando permitimos que uma pessoa ou situação contaminem nosso axé, ficamos desprotegidos. Algumas pessoas cuidam do seu axé em terreiros de religiões de matriz africana, outros na igreja rezando aos domingos, outros jejuando e orando com o pastor, enquanto outros meditam quando estão sozinhos, criando uma relação pessoal com suas crenças.
Além de pedir proteção ao que consideramos divino, temos que ter disciplina para não colocar nosso axé em risco. Quando bebemos com frequência ao ponto de perder a consciência desprotegemos o axé, quando mentimos e criamos contendas ele também fica vulnerável.
Além dessas situações tem milhares de outras que nos enfraquecem, mas temos que entender que o nosso ego é um dos piores inimigos de nosso axé, ele se disfarça de senso de justiça e contamina nosso axé com uma falsa autoestima. Temos que cuidar e acreditar em nosso axé, pois quando a chama do axé se apaga, morremos um pouco a cada minuto.