Seu Problema é Nosso
Projeto de balé de Sapucaia do Sul consegue doações para continuar atividades
A solidariedade dos leitores do DG garantiu um inverno tranquilo para as turmas da iniciativa Ballet Para Todos Fortuna
A preocupação da professora de balé Alessandra Chaussard, 21 anos, era de que o projeto Ballet Para Todos Fortuna, do bairro Fortuna, em Sapucaia do Sul, não conseguisse material suficiente para continuar suas atividades no inverno. E, agora, chegando ao fim da estação mais fria do ano, conta que a solidariedade dos leitores do DG garantiu sapatilhas de ponta, meias-calças, saias, collants e tantos outros itens.
Em abril, no mesmo dia em que o depoimento foi publicado no jornal, a bailarina diz que foi surpreendida com uma ligação. A pedagoga Dulci Jarzynski Nunes, 62 anos, moradora de Cidreira, ao ler o Diário, ligou para ela e disse que queria ajudar a iniciativa. Ela havia ganhado caixas de materiais de balé de uma conhecida e estava esperando uma oportunidade para doá-los.
– Meu objetivo era doar para uma pessoa que aproveitasse e trabalhasse voluntariamente com os materiais. Como eu já morei e trabalhei em Sapucaia do Sul e conheço a realidade das crianças do bairro Fortuna, decidi, prontamente, dar para a Alessandra – conta Dulci.
– Quando recebi a ligação, não acreditei na quantidade de material que iríamos ganhar. Conseguimos caixas de sapatilhas de ponta, meias-calças, saias, collants, além de camisetas, casacos e broches temáticos de balé – celebra a professora, que viajou até o Litoral Norte para buscar os donativos.
Foi tanto material que, além de ajudar os alunos matriculados na iniciativa, Alessandra deu início a um programa de incentivo – todo mês, presenteia um aluno destaque com alguma peça.
– Foi uma satisfação poder contribuir na formação de uma nova geração de crianças e, talvez, oportunizar que algumas delas se tornem, no futuro, bailarinas profissionais – assinala Dulci.
Além desse apoio, a iniciativa recebeu macacões, meias-calças, saias e um pequeno valor, de R$ 15, pelo Pix do projeto.
Mais alunos chegaram
A iniciativa funciona há três anos. São oferecidas vagas gratuitas, além de bolsas parciais, para jovens cujas famílias não podem pagar por aulas de balé.
Apesar de ser uma porta de entrada para o estilo de dança, a falta de uniforme adequado para o frio e de tatames para isolar o frio do chão são fatores que impactam a permanência dos alunos no inverno.
Por isso, a professora corre atrás de doações regularmente, além de, por vezes, usar recursos próprios para manter o projeto ativo.
O amor e o esforço dela, combinados com o apoio dos leitores do DG, proporcionaram um inverno tranquilo para a turma de bailarinos. E, contrariamente à preocupação de Alessandra, o projeto está acolhendo ainda mais estudantes.
Atualmente, 38 crianças e adolescentes participam. O projeto não só manteve grande parte dos alunos como também recebeu, desde a primeira reportagem do DG, sete novos dançarinos.
– É um sentimento ótimo. Estamos felizes e mais fortes – resume a professora.
Para ajudar
/// O projeto ainda busca tatames e colchonetes para proteger o piso. É possível fazer doações diretamente na Associação de Moradores do bairro Fortuna (Rua Panambi, 45).
/// Colaborações em dinheiro podem ser feitas pelo Pix CNPJ 34.361.719/0001-70. Mais informações com Alessandra pelo WhatsApp (51) 98574-6604.
Produção: Júlia Ozorio