Fechar os olhos e sentir a brisa do mar no rosto, o frio na pele provocado pelo vento e o leve calor que, aos poucos, esquenta a cabeça. É assim que eu lembro da praia, quando ainda é início de verão e não está quente para encostar na água gelada do litoral gaúcho. É para esse momento que, às vezes, me teletransporto. Mas, também, com facilidade, adentro em ambientes narrados em livros. Parece que conheço outras cidades, países, culturas. Nesta semana mesmo, conheci um pouco mais de Boston só pelas páginas de um livro. Séries, nem se fala. Começo a achar que existem outros universos, seres e outros reinos – quem assiste “A Casa do Dragão” vai me entender.

Estive de férias nos últimos dias e me permiti desconectar um pouco do que está acontecendo. Na reta final de outubro e do ano – de um ano intenso, cheio de retomadas – é normal o cansaço dar as caras. Não falo só um cansaço físico, mas mental. Também não quero só creditar todo o desgaste ao conteúdo das campanhas políticas, pois, como eu disse, esse ano passamos por muito. Acho que não falo só por mim.

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Mas já que toquei em política, apesar de não estar trabalhando em boa parte de outubro, fiz questão de assistir aos debates dos candidatos à Presidência e ao Piratini. Além disso, nas férias, era inevitável ouvir comentários do que estava acontecendo ou estar em ambientes onde a televisão ou o rádio estavam ligados. Mas, agora que voltei, estou me atualizando e me assegurando das fontes em que busco informações.

Por isso, reforço que, nesses últimos dias antes do segundo turno, que ocorre no próximo domingo, não se deixe levar por informações duvidosas. Estamos recebendo uma enxurrada delas. Procure por canais confiáveis. Infelizmente, as redes sociais não são seguras para esse tipo de pesquisa. Hoje existem mecanismos e projetos, como o Comprova, que verificam as informações para que você, leitor, esteja seguro sobre no que confiar. Esteja atento a tudo aquilo que escuta, assiste ou lê. Se desconectar do contexto real, às vezes, é bom. Mas a reconexão é necessária, ainda mais quando precisamos exercer a cidadania.