Coluna da Maga
Magali Moraes: de peito aberto
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Vamos ser sinceras? Peito perfeito não existe. Aposto que a grande maioria das mulheres não está satisfeita com os seus. Em algum momento da vida, até pode ser. Depois vem a força da gravidade e literalmente nos derruba. Culpa do Planeta Terra, se é que dá pra culpar alguém. E tem a genética, essa mistura aleatória de genes que nos presenteia ou sacaneia. Se os peitos de nascença forem bonitos, as mulheres da família agradecem. Caso contrário, um cirurgião (Brasil, campeão de plásticas) ajeita.
Voltando aos peitos originais de fábrica: são tantos formatos e tamanhos. Tem os assimétricos, os pequenos, médios e grandes, os que ficam imensos na gravidez e amamentação, os que apontam pra cima, pros lados ou pra baixo. Todos, sem exceção, merecem cuidado. É Outubro Rosa, mês de conscientização e prevenção do câncer de mama, doença que atinge também os homens. Quanto mais cedo se descobre, maiores são as chances de cura. E a ciência está sempre evoluindo.
Cicatrizes
Viva as vitoriosas, que já passaram por essa situação e conseguiram virar a página. Que as cicatrizes sejam valorizadas como troféus. Quem enfrenta isso ou acompanha de perto uma amiga ou familiar em tratamento também sofre e comemora junto. Nem todas as mulheres têm acesso a planos de saúde, consultas frequentes e exames fundamentais como a mamografia e a eco mamária. Mas dá pra se prevenir sem gastar nada (só uns minutinhos do seu tempo): fazendo o autoexame.
Bora colocar na rotina o saudável hábito de tocar as próprias mamas em busca de qualquer coisa estranha. Uma saliência, uma área mais sensível, dores, secreções, mudanças na textura da pele e alterações visíveis no tamanho ou formato do seio. Na internet, você encontra fácil o passo a passo do autoexame. Pode fazer deitada, em pé durante o banho ou na frente do espelho. De peito aberto, eu peço. Te cuida. No Outubro Rosa e em todos os meses do ano. Mulheres unidas contra o câncer de mama.