Coluna da Maga
Magali Moraes: e a Copa do Mundo?
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Daqui a um mês, será Copa do Mundo. E eu me pergunto: estarei assistindo aos jogos? Um que seja? Do Brasil, pelo menos? Um gol decisivo aos 44 do segundo tempo? Tenho minhas dúvidas. Peraí, deixa eu reformular a frase. Tem acontecido tanta coisa inesperada ultimamente, que eu já não duvido tanto assim. Nos próximos dias, vai que resolvo treinar embaixadinhas e (sei lá) começo a me interessar pelo assunto. Ouvi dizer que pode ser a última Copa do Neymar. E se for a minha primeira?
Não entendo nada de futebol. Absolutamente nada, pra deixar claro. O que não me impede de escrever essa coluna. Posso comentar as minhas expectativas (ou a falta delas). Posso confessar que sei apenas o nome dos jogadores estrelas. Messi, Cristiano Ronaldo… hummm… são os dois mesmo. Bancar a comentarista, só do cotidiano. Em campo, identifico o trivial: gramado, arquibancada, goleira, bola, hino, bandeira. E a nossa? Vai deixar de ter conotação política e voltar a ser de todos?
Camelos
De uma coisa, eu tenho certeza: o Catar vai fisgar minha atenção. Cultura, hábitos locais, exuberância dos prédios, culinária, desertos, camelos e tudo mais. Tem o lado desagradável, que me irrita muito: o machismo, a desvalorização das mulheres, as regras rígidas. Sinceramente? Se você me oferecesse de graça uma passagem aérea pra viajar até lá, na hora eu me empolgaria. Depois lembraria de todos os outros lugares que ainda quero muito conhecer e (opa) tentaria trocar o destino.
Vou espiar a abertura dos jogos, sim. E as criancinhas entrando com os jogadores. Em vez de me concentrar nos lances, vou ficar observando as pessoas de diferentes nacionalidades na plateia. Suas fantasias, pinturas na cara, cartazes e extravagâncias. Minhas unhas não serão roídas, mas uma pipoquinha sempre aceito. A Copa do Mundo é um grande evento que aproxima o mundo inteiro, e isso eu adoro. Estamos precisando de uma catarse coletiva. Bora vibrar, pular, comemorar.