Coluna da Maga
Magali Moraes: tudo passa
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Sabe quando tudo parece cair das mãos? Tudo é exagero, me refiro ao celular. Se bem que essa maquininha é tudo pra nós hoje em dia. Enfim. Meu celular andou levando uns tombos. Mesmo cuidando, acontece. Eu achava que ele estava mega ultra protegido. Capinha blindada, foi o que disseram (viva o marketing). Carro blindado a gente ouve falar, e vê em filmes. Agora essa tecnologia faz o que pode no setor das telecomunicações. Some a isso a película 4D (!?), praticamente uma tropa de choque.
Como se não bastasse o valor que a gente gasta comprando um celular novo, ainda tem que investir nessa parafernália pra evitar o inevitável. Distração, lei da gravidade, justifique como quiser. Se você também é mão furada, vai me entender. Às vezes, parece que a palma da mão tá besuntada de óleo da melhor qualidade. As coisas deslizam, por mais que se tente segurar. A gente conta com a sorte pra que o objeto em questão faça como os dublês de Hollywood: caia no chão sem se machucar.
Trincado
Imagina um S espichado pra cima, de ponta a ponta. É bem assim o trincado na película do meu celular. Achei que ia parar por aí, mas (não me pergunte como) apareceu outro na borda. Coincidência ou não, perto da ponta superior do S. Esses trincados agem em bando? Não suportam viver sozinhos? Querem a nossa falência? O estrago recente não tem formato de letra, parece uma estrela que explodiu no céu. Peraí. Lembra mais uma vidraça atingida por uma pedra. Pedrinha, vai.
No momento, apenas observo. Tomara que o S não se desdobre em mais letras do alfabeto. Um ABCD de trincados seria o caos. Quanto tempo será que a película aguenta? Só mais um pouco, por favor. Também chamei minhas mãos furadas pra um papo sério. Pedi atenção redobrada. Somos um time, poxa. Um celular não pode cair no chão, mesmo que tenha capa blindada. Película tem garantia? Poderia descobrir se eu achasse a nota. Mãos atadas.