Sextou com jogo do Brasil e Croácia ao meio-dia, o que já transforma essa sexta-feira e antecipa o fíndi de muita gente. Aqui em casa, vamos comemorar não importa o resultado. Trinte e três anos atrás, acordei especialmente feliz e ansiosa. Mais ou menos como as noivas despertam no grande dia do seu casamento. Tive que esperar até às 21h pra dizer oficialmente "sim" ao Ricardo, e ouvir dele a mesma resposta. Rituais de amor e comprometimento existem desde sempre, e fazem bem.

Hoje é o nosso aniversário de casamento, vai que essa história inspire alguém. Relacionamentos que insistem em dar certo por tanto tempo merecem ser valorizados. Não me pergunte a fórmula: seguimos tentando dia após dia, ano após ano. Perceber que a outra pessoa muda e ter vontade de mudar junto é um bom caminho. Esses dias, li uma frase que a minha amiga Bianca compartilhou: "Amor sem manutenção é comodismo afetivo". Verdade. Quem deve ser cômodo é sofá, não relacionamento.

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Presença

E como faz essa manutenção do amor? Boa pergunta. Desacomodando a rotina, que ela sabe cansar. Caprichando na presença, do mesmo jeito que a gente faz com as amizades. Inventando projetos juntos e sendo um a escada do outro (quem puxa pra baixo não vale amar). Também ajuda descobrir novos interesses individuais e ter assuntos diferentes pra conversar. Falar o que sente, e não acumular emoções negativas. Ouvir com atenção. Beijar com vontade. Dar colo, espaço e respeito. 

Seria até sem graça se existisse receita pronta pra relacionamentos gostosos e duradouros. Somos feitos de imperfeições, e quem não se aceita sozinho dificilmente vai aceitar o outro (empatia é algo apaixonante). Trinta e três anos já?! O tempo voa quando se tem a sorte de encontrar amor e parceria na mesma pessoa. Ou nunca foi sorte, é coisa do destino? Ricardo, tu sabes que sou péssima em fazer contas. Mas somar contigo, eu sempre consigo. Vida longa pra nossa vida, bem assim como ela é. Te amo.