Coluna da Maga
Magali Moraes e os filmes de Natal
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Já reparou como virou tradição em dezembro ter uma enxurrada de filmes natalinos pra assistir na Netflix e em outros canais de streaming? São lançamentos do ano e várias opções que sobraram de Natais passados, mas que poderiam ter sido lançadas recentemente. É que a história quase não muda, o que garante o prazo de validade. Longe de mim reclamar. Aliás, eu adoro esse tipo de filme: a comédia romântica fantasiada de Natal. E com neve, pra dar um toque ainda mais romântico.
Especialmente se for uma produção americana, o roteiro vai ter tudo aquilo que a gente já sabe que vai acontecer, independente de ter visto ou não o trailer antes. Um casal que se odeia no começo, passa por perrengues e tá aos beijos no final. Alguma amiga que é contra e depois muda de ideia. Uma cena no aeroporto. Um trenó e o bom velhinho. O vizinho metido. A família que pressiona pra conhecer o namorado da personagem principal e outras situações previsíveis.
Pinheiro
A diferença é o contexto natalino. Tudo lembra o Papai Noel da Coca-Cola: o frio, a cidadezinha charmosa, o trio vermelho, dourado e verde pontuando os cenários, o pinheiro de verdade (sempre enorme), as casas exageradamente decoradas, todo mundo usando os mesmos pijamas temáticos e blusões de lã de gosto duvidoso. O Natal deles parece mais acolhedor que o daqui. Será mesmo? Pra mim, a culpa é da neve caindo. Só de olhar, já refresca o nosso dezembro calorento.
Se não dá pra ir até lá e ter a experiência de um Natal americano ou europeu, a gente viaja nesse tipo de filme. Saber tudo que vai acontecer na história dá um certo conforto, relaxa das incertezas da vida. A TV ligada, a sala no escuro e as luzinhas da árvore iluminando a tela. Não sei você, mas eu gosto de aliviar a cabeça com um programa leve assim. Sem notícias ruins, com final feliz garantido. A realidade que espere duas horas. Pode escolher pelo título, por seus atores favoritos, pela quantidade de neve.