Coluna da Maga
Magali Moraes: enfim, dezembro
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Ou seria socorro, não pode ser verdade… já dezembro?!? Agora não tem mais volta, começou o mês que oficialmente nem corre: voa. Quanto mais ele acelera, mais parece que a gente se entrega. Cadê a energia pra dar conta de tudo? Apesar disso, eu simpatizo com o seu clima de encerramento. Aprendi que é importante concluir aquilo que a gente inicia. Esse é o simbolismo de dezembro: o fechamento do ano. Ele chega pra nos fazer acreditar que ainda dá tempo de finalizar todas as pendências.
Será? Bora tirar forças sabe-se lá de onde pra encarar os 31 dias finais. Já reparou como existe um comportamento padrão? Na primeira quinzena, por mais que as decorações natalinas se multipliquem ao nosso redor, a gente finge que tá tudo certo. O elefante está no meio da sala. Melhor nem comentar e seguir na normalidade. Mas depois do dia 15, bate o desespero. Shoppings cada vez mais lotados, carrinhos se batendo nos corredores dos supermercados. Falta dinheiro e organização.
Descongelado
Nossa Senhora das Listinhas, rogai por nós. Esses dias, vi um meme do Roberto Carlos sendo descongelado pro Natal. Garanto que a Simone também. E eu, rindo de nervosa. Lembrete: reservar um par de horas pra abraçar quem esteve ao nosso lado o ano inteiro. Abraços de corpo presente ou em forma de mensagens e ligações de vídeo, se não tiver jeito. Como a gente já sabe que nunca dá tempo de resolver tudo, foco nas prioridades: amizade, gratidão e um pacote extra de gelo.
Eu realmente espero que dezembro funcione como uma bandeira branca e traga momentos de trégua política pra que as famílias possam polemizar em paz sobre a uva-passa. Piadinhas singelas, mesa farta, reencontros, confraternização. Antes que o mês termine, lá estaremos de novo fazendo festa. Vestidos de branco, seguindo o protocolo de simpatias da virada, esperançosos, curtindo os fogos no céu. Nossa, falando assim eu faço dezembro passar ainda mais rápido. Relaxa e sobrevive, tá?