Ainda dá tempo de garantir
Procura por fantasias e acessórios de Carnaval movimenta lojas no centro da Capital
Saias de franjas metalizadas, brincos coloridos e tiaras com frases divertidas estão entre os produtos mais vendidos
Uma das tradições do foliões nesta época do ano é procurar fantasias e acessórios, com cores e brilho, para arrasar em blocos de rua e nas festas de Carnaval. As lojas se preparam para receber a clientela com vitrines e manequins expondo o que há de tendência no momento. o Diário Gaúcho foi conferir na região central da Capital o que está fazendo sucesso e quanto é preciso desembolsar para ter o look da folia.
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Não é preciso andar muito para encontrar opções. Na Rua Senhor dos Passos, por exemplo, dá para se inspirar só de passar pelas calçadas. O movimento de entra e sai nas lojas é constante.
Entre as tendências para os festejos deste ano, lojistas e consumidores destacam as saias de fitilho, body metalizado e conjuntos hot pants – um estilo de biquíni com corte mais cavado e um top. Para comprar essas peças, a clientela desembolsa entre R$ 39 e R$ 79. As cores variam, mas o que realmente está em alta é o metalizado. No nicho masculino, saias também são muito procuradas, principalmente as havaianas para combinar com os tradicionais colares. Essas custam, em média, R$ 39,90.
Como acessórios, os brincos também de fitilho metalizado estão entre os produtos mais procurados e os preços variam de R$ 10 a R$ 20. As tiaras e óculos de sol com frases inusitadas como "vacinada", "sou golpe", entre outras, estão sendo bem comercializadas. Esses apetrechos custam em média R$ 20. Mas, no caso de uma tiara de penas, o valor pode chegar a R$ 150.
– O pessoal que tem vindo na loja está optando mais por acessórios, como tiaras divertidas, e muito brilho para o rosto. Além disso, o que acabou aqui na loja foram as pochetes de paetê – diz Vanessa Jardim, 38 anos, proprietária de uma loja, que usava uma tiara de sol para exibir aos clientes.
Criatividade
Faltando pouco tempo para o início do feriadão, a nutricionista Fernanda Magalhães, 25 anos, e a estudante Letícia Fagundes, 27 anos, acompanhadas por amigos, estavam em busca de peças e adereços para a folia.
– Procuramos algo que fique bonito e criativo – afirma Letícia.
– Às vezes nem é uma fantasia, mas uma saia e um top brilhoso, algo para colocar na cabeça, brincos – Fernanda complementa.
No nicho infantil, uma personagem que está em destaque é a Wandinha. Ainda que o figurino de Wandinha Addams seja pouco "carnavalesco", em algumas lojas visitadas pela reportagem, comerciantes relataram a grande procura e até a falta do look da personagem. O preço da fantasia varia de R$ 80 a R$ 140.
– As crianças usam nas festinhas de escola, mas professoras também procuram a fantasia – conta a vendedora Raquel de Vargas, 20 anos.
Dicas para planejar os looks
Especialista quando o assunto é tendência, a professora de Design de Moda da UniRitter Renata Pedron comenta que é possível criar looks para a folia sem gastar muito. Ela explica que peças de roupas que os foliões já têm em casa podem ser adaptadas com mais brilho, utilizando lantejoulas, paetês ou detalhes metalizados, como as fitas. A professora também reforça que vale buscar tutoriais na internet na hora da customização.
– Como vimos nos bloquinhos de ruas, dá para pensar em peças que possam ser reutilizadas, já que são quatro dias, como biquínis e sungas, que podem ser combinados com brilhos e franjas metalizadas – diz.
O uso de tecidos mais leves, tops ou manga curta, são uma saída para enfrentar o calor. Renata também destaca que neste ano os foliões podem explorar personagens de novelas ou séries que marcaram o período recente, como Pantanal:
– O uso de estampas de onça em peças ou como adereço para cabeça, como um possível reflexo do sucesso da novela, ou até mesmo as versões de fantasias da personagem Wandinha, que está muito em alta agora.
Além disso, outra tendência salientada pela professora é em relação à sustentabilidade, seja com os glitters e confetes ecológicos, que não agridem o ambiente, já que muito desses materiais ficam nas ruas após a passagem dos blocos.