Reparo aguardado
Prefeitura de Porto Alegre promete que conserto do telhado do Mercado Público começa em até 15 dias
Secretário de Administração e Patrimônio admite que calhas atuais não dão vazão quando chove
Um antigo problema do Mercado Público de Porto Alegre deve ser solucionado. O conserto do telhado se iniciará em até 15 dias. É o que promete o secretário de Administração e Patrimônio da Capital, André Barbosa. Ele espera definir a data exata para o início do serviço até a semana que vem, mas a meta é começar antes do fim da primeira quinzena de março.
A empresa responsável pelo trabalho será a LBF Engenharia e Serviços, que já possui registro de preços na prefeitura para manutenções e reparos em prédios públicos. Segundo Barbosa, o trabalho está orçado em cerca de R$ 275 mil. O pagamento será custeado com recursos do Fundo do Patrimônio (Funpat). Um prazo para a conclusão não foi divulgado.
O conserto vai abranger a troca e a desobstrução de calhas e a substituição de telhas danificadas. A expectativa é de que o trabalho ponha fim aos vazamentos de água, quando chove, para dentro do Mercado Público.
— Aquelas calhas não dão vazão para aquele tipo de inclinação de telhado. Acaba acumulando muito mais água. Elas precisam ser mais fundas para dar vazão ao volume de água quando chove. Muitas dessas calhas também estão entupidas por falta de manutenção. A gente já acionou a empresa para resolver, pois se encaixa no registro de preços que temos com ela — explica o secretário.
A reportagem de GZH esteve no local, no último sábado (25), durante a pancada de chuva que caiu no Centro, pouco depois das 16h. Em várias bancas, houve correria para mudar mesas de lugar, realocar clientes e proteger produtos da água que caía do teto. Veja o vídeo abaixo.
Foi o caso da banca 40. O gerente Anderson Gonçalves relata que esse é um problema antigo do Mercado. Diante da data proposta para o início do conserto, ele mantém a esperança de uma solução.
— Cara, trabalho há 15 anos aqui no Mercado. E faz uns 15 anos que chove na banca. Esperança a gente sempre tem. Vamos ver se vão solucionar — desabafa Gonçalves.
Já Karla Silva Marques é atendente de uma banca de antiguidades. A diferença é que ela trabalha na parte de mesas onde não há cobertura interna. Os produtos ficam ainda mais expostos às goteiras.
— No último sábado, precisei usar um guarda-sol de apoio para não me molhar porque chovia aqui dentro como chovia na rua. Tive que tapar as mesas com pano para proteger meu material de trabalho — conta Karla.
Tesoureiro da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Celso Rossato afirma que a informação de que o conserto vai começar até o dia 15 também foi repassada pelo secretário Barbosa ao grupo que representa os permissionários. Conforme Rossato, houve reunião nesta quarta-feira (1º).
— Acho que agora vai andar. O secretário nos colocou que, a partir do dia 15, a empresa vai começar a fazer o serviço. Quando chove, alaga tudo. É muita água. As calhas não dão conta, e pelo esgoto também sai água para fora — conta o comerciante, proprietário da banca 10.
O conserto do telhado é um passo prioritário da prefeitura na recuperação da infraestrutura do Mercado Público. Ainda estão previstas, de acordo com o secretário de Administração e Patrimônio, a troca do encanamento do prédio e a pintura externa, por exemplo.