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Entre Porto Alegre e NH

Trensurb registrou quase cem furtos de cabos de energia em 2022

Casos geram atrasos e interrupções nas viagens, mas empresa afirma que tem implementado medidas para coibir as ações criminosas

08/03/2023 - 15h45min


Cid Martins
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Trensurb / Divulgação
Placas de concreto estão sendo instaladas desde o ano passado em canaletas por onde passam os fios de cobre

A Trensurb registrou 99 furtos de cabos nas linhas entre Porto Alegre e Novo Hamburgo em todo o ano passado, uma média de um caso a cada três dias e meio. Apesar dos transtornos causados com interrupções do serviço e atrasos entre as viagens dos trens, contudo, a empresa ressalta que o número de ocorrências tem diminuído.

Em relação ao passado, foram 13,9% registros a menos — em 2021, houve 115 registros.

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Mesmo com a melhora nos índices, o problema segue causando transtornos e gastos em manutenção. Diante disso, a empresa tem implementado aos fins de semana medidas contra ladrões e vândalos — um trabalho que também provoca contratempos, mas é considerado necessário pela estatal.

No sábado retrasado, por exemplo, os intervalos entre as viagens, que são de 15 minutos nesses dias, ficaram em 25 minutos durante toda a manhã devido a serviços programados. O gerente operacional da Trensurb, Vinícius Nunes, destaca que são duas frentes de atuação:

— A gente tem seguido duas linhas. Uma na infraestrutura das instalações, para dificultar acessos dos indivíduos ao nosso sistema e aos nossos equipamentos que impactam na sinalização de via. E outra linha ligada a ações institucionais — diz.

Em novembro do ano passado, a Trensurb havia divulgado que o número de ocorrências chegava a 112. Os números dos 11 meses de 2022 eram referentes aos furtos de cabos de energia, mas também em relação ao furto de lâmpadas nas estações do metrô.

Lauro Alves / Agencia RBS
O trecho mais preocupante em relação aos furtos fica entre as estações Unisinos, em São Leopoldo, e Sapucaia do Sul

Medidas

Nunes afirma que desde 2022 estão sendo colocadas dezenas de placas de concreto nas canaletas por onde passam os cabos, nos locais considerados mais vulneráveis. Também estão sendo instaladas concertinas nos muros de vedação para dificultar o ingresso na região dos trilhos.

Sobre os furtos, o trecho mais preocupante segue sendo o que fica entre as estações Unisinos, em São Leopoldo, e Sapucaia do Sul.

A outra linha de atuação contra os ataques em geral está ligada ao trabalho interno, com rondas periódicas da segurança metroviária. Além disso, a empresa tem participado de operações integradas com órgãos de segurança pública.

Nunes diz que o objetivo não é só evitar ações de ladrões, mas também de receptadores, principalmente em ferros-velhos. As pessoas presas em flagrante nessas ações integradas — o que tem contribuído para redução de furtos e vandalismo — são encaminhados à Polícia Federal.

De acordo com o comando metropolitano da Brigada Militar e conforme a Polícia Civil, os cabos furtados têm sido revendidos no mercado clandestino e, em muitos casos, usuários de drogas estão envolvidos.

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