Trânsito na Capital
VÍDEO: cruzamento do bairro Auxiliadora volta a registrar acidentes e preocupa moradores
Já havia acontecido colisões no encontro entre as ruas Eudoro Berlink e Artur Rocha no ano passado
Local que foi palco de acidentes em 2022, o cruzamento entre as ruas Eudoro Berlink e Artur Rocha, no bairro Auxiliadora, em Porto Alegre, voltou a registrar colisões neste mês. Nos últimos 15 dias, foram duas ocorrências flagradas por câmeras de segurança das proximidades.
No dia 16 de março, uma quinta-feira, câmeras registraram uma colisão entre dois carros (veja acima). Menos de duas semanas depois, na última segunda-feira (27), outro acidente aconteceu na mesma esquina, envolvendo um carro e uma motocicleta.
Em 2022, o local já havia sofrido com ocorrências do tipo. A reportagem de GZH teve acesso, na época, a imagens dos acidentes. Em um deles, o choque entre os carros fez uma pedra voar e acertar a vidraça de uma loja da mesma esquina. Em outro, os veículos envolvidos pararam poucos metros antes de quase atingir uma criança que estava acompanhada do pai na calçada.
Moradores das proximidades pedem por uma sinaleira no cruzamento, ainda que a sinalização horizontal — faixas e pinturas na pista — e vertical — placas — esteja corretamente instalada.
— Acredito que só vai ser feita alguma coisa depois que houver um acidente mais grave. As pessoas não enxergam a placa de "pare". Já fizemos abaixo-assinado, mas não muda nada, EPTC segue dizendo que está tudo certo — afirma Julia Menezes Ramos, 25 anos, secretária e estudante, que trabalha em uma clínica próxima do local.
Questionada por GZH, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), manifestou-se por nota. A empresa afirma que apenas dois acidentes foram registrados no ano passado e que não há registros no ano atual — a reportagem teve acesso a três vídeos de acidentes no trecho no ano passado e, neste ano, outros dois.
Sobre a possibilidade de instalação de sinaleiras, a EPTC explicou, em nota:
"De acordo com a equipe técnica, para a implantação de conjunto semafórico é necessário atendimento de critérios exigidos, como volume veicular e ausência de GAPs (espaços entre veículos na via principal que possibilite que o veículo da via transversal ingresse). Estes e outros critérios são utilizados para essa análise, e o cruzamento em questão não atende tais índices. A definição atende às diretrizes nacionais estabelecidas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A sinalização existente garante a segurança viária."