Direto da Redação
Amanda Khal de Souza: "Virada de chave"
Jornalistas do Diário Gaúcho opinam sobre temas do cotidiano
Quantas vezes somos levados a virar a chave na vida? O que motiva alguém a trocar a famosa zona de conforto pelo friozinho na barriga de fazer algo novo?
Tudo que possa transformar a realidade para melhor – de forma criativa e não óbvia – motiva. Muito se fala sobre isso, mas como dar o primeiro passo em direção à mudança? Acredito que o princípio, se houver um tantinho de vontade, rola quase sem querer: um papo com um amigo, uma troca de ideias com os colegas de trabalho ou até mesmo um despretensioso curso online podem conter detalhes que abram horizontes e, às vezes, despertem sonhos adormecidos.
De um ano e oito meses para cá, experimento essa jornada: uma pontinha de vontade de me arriscar jogou luz em uma ideia que, por sua vez, motivou o projeto tímido que revolucionou a minha carreira. Em 2021, já atuava como editora de Variedades no DG quando decidi propor um quadro na 92 (92.1 FM), o Retratos da Fama, para relacionar os assuntos abordados no jornal com a audiência da rádio. Gol. A proposta engrenou, a participação diária de cinco minutos evoluiu para programas fixos, me tornei comunicadora e, agora, dou pinta até na RBS TV.
Autoconhecimento
Menciono aqui minha vivência para ilustrar que, sim, uma virada de chave pode ser progressiva, sem sobressaltos. No entanto, para encarar mudanças, é necessário estudar a pessoa mais importante da sua vida: você.
Sabia que precisava mergulhar em mim para trazer à tona antigos sonhos, como atuar no rádio e na TV. Afinal, quem eu havia me tornado até então? Minha trajetória era satisfatória? Qual era a marca da minha carreira? O que realmente fazia brilhar meus olhos? Essas perguntas foram respondidas, às vezes, até com certa dificuldade, mas foram fundamentais para identificar qual seria o meu ponto de partida para a virada na vida. Nem sempre é simples, mas muito gratificante.