Tem a paz mundial, que é um desejo coletivo mas depende de inúmeros fatores, interesses e lideranças políticas que às vezes só querem botar fogo no parquinho. E tem a paz interior, aquela que nos afeta individualmente e depende muito mais de nós do que dos outros. Parece mais fácil resolver conflitos pessoais do que as grandes tretas da humanidade, né? Depende. Guardadas as devidas proporções, eu diria que conquistar a paz interior pode ser tão trabalhoso quanto sossegar o Planeta.

Nossas guerras internas não aparecem no noticioso. Nenhum analista político avalia as nossas decisões (com sorte, um terapeuta). A população de uma cidade inteira ou país não vai sair nas ruas pra reivindicar a nossa saúde mental. Equilibrar expectativa e realidade? Cada um que lute. Conviver pacificamente com os nossos medos? A gente passa uma vida tentando. Arrisco dizer que o pior campo de batalha acontece dentro da nossa cabeça, enfrentando ou enterrando as emoções. 

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Gigantes

Se somos uma formiguinha agindo pela paz mundial, podemos ser gigantes batalhando pelo nosso bem-estar. O que tira a tua paz? O barulho do vizinho? Vai lá e fala com ele (melhor que só reclamar). Conflitos internos, todos nós temos. Fases boas e ruins. Mas enquanto a gente está super ocupado idealizando a felicidade e sofrendo com isso, coisas boas acontecem. Para tudo e respira! Curte o momento e as alegrias possíveis. Te cerca de pessoas que fazem a diferença na tua vida.

Abril chegou e virou a chave dentro de mim. Talvez seja um ventinho fresco finalmente batendo. Que sopre boas novas. Minha paz interior é uma vitória diária, meus inimigos são mais imaginários do que reais. E como se perde tempo e energia com eles. Nos concursos de beleza, as misses seguirão desejando a paz mundial. No dia a dia, é tudo com a gente. Dormir bem, exercitar corpo e mente, se alimentar direito, cultivar amizades, fazer gentilezas: tudo isso dá paz de espírito.