Educação pública
Com problemas desde 2018, escola estadual de Gravataí terá reforma entregue em julho
Em obras desde o início de 2022, instituição terá nova cobertura, substituição da rede elétrica, pintura e instalação de extintores de incêndio. Investimento é de R$ 861 mil
Um drama acompanhado pelo Diário Gaúcho desde 2018 parece estar próximo do fim. Trata-se da reforma da Escola Estadual de Ensino Médio Tuiuti, em Gravataí. A instituição com mais 80 anos sofre com a interdição de pavilhões e redução de turmas há mais de quatro anos. Agora, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) promete para julho a entrega da reforma completa dos prédios e ampliação no número de turmas atendidas.
Em fevereiro deste ano, o DG mostrou que os trabalhos estavam paralisados em razão de pedidos de aditivos contratuais por parte da empresa responsável pela obra. Segundo a Seduc, as reformas foram reiniciadas em 12 de maio.
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Atualmente, aproximadamente 65% do projeto já concluído. O investimento é de R$ 860,9 mil, segundo a pasta estadual. "Entre as melhorias estão a reforma na cobertura, a substituição da rede elétrica, a pintura em três dos quatro prédios de salas de aula e a instalação de extintores de incêndio em toda a escola", diz nota da Seduc.
O prédio administrativo da escola ainda receberá pintura nova e cobertura reformada. A quadra poliesportiva terá a rede elétrica revisada e passará a contar com um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, incluindo para-raios e aterramento. A cobertura também será reformada e a estrutura metálica, pintada. Além disso, o piso e o alambrado de uma das quadras descobertas serão recuperados.
A reforma teve início em janeiro de 2022 e seguiu até 1º de setembro daquele ano, quando foi paralisada para elaboração do aditivo de contrato. Segundo a Seduc, como se trata de uma obra emergencial, o prazo de execução inicial era de 180 dias, e depois foi ampliado para 270 dias. "Assim, faltam menos de 60 dias para a prorrogação terminar", explica a pasta, em nota.
Pais esperam por mais vagas
Com a interdição dos prédios, o números de alunos da escola foi reduzindo, o que gerou incômodo para pais e responsáveis na região. Segundo a Seduc, atualmente, a escola tem aproximadamente 800 alunos. Com a reforma, o número de vagas poderá ser ampliado. Este ano, já foi aberta uma nova turma de séries iniciais e o mesmo deve ocorrer no Ensino Médio, que tem o maior público na instituição.
A escola oferece turmas desde o Ensino Fundamental até o curso técnico em Logística no pós Ensino Médio, em três turnos de funcionamento. Ela ocupa um terreno de 1,5 hectare e possui quatro prédios de salas de aula e um administrativo, além de refeitório, salão de festas, uma quadra coberta e duas descobertas.
Histórico de pedido por obras
O drama da Tuiuti começou no final de 2018, como recorda a diretora Geovana Rosa Affeldt, no comando da instituição desde 2015. O forro de uma sala de aula desabou e causou a interdição da sala. Logo, o prédio todo foi condenado.
— Eu pedi uma reforma em 2016, em razão dos frequentes problemas elétricos. No final de 2018, teve essa questão do forro. Por sorte, deixamos de usar a sala um dia antes de o forro cair, pois ele já estava apresentando problemas. Graças a Deus nenhum aluno ficou ferido — contou a diretora.
Logo depois da interdição do primeiro prédio, engenheiros do Estado vistoriaram a escola e determinaram que as aulas poderiam continuar somente se o forro fosse retirado de todos os espaços. Feito isso, o problema passou a ser suportar o calor intenso nos locais, além da falta de isolamento acústico. Nos dias de chuva, o excesso de goteiras gerou situações como estudantes tendo de abrir guarda-chuvas dentro das salas de aula.
A situação seguiu até 2019, quando pais ocuparam o local em razão da falta de obras no prédio interditado. Como resposta, o governo interditou todos os quatro locais com salas de aula em novembro. Com isso, o final daquele ano letivo teve aulas ministradas em locais como refeitório e a sala dos professores. Até os salões de um CTG e de uma igreja próxima foram cedidos para que as crianças pudessem estudar.