Após reclamações
Dmae prevê melhora em gosto e cheiro da água a partir desta quinta-feira em Porto Alegre
Segundo a autarquia, as queixas da população pelo telefone 156 diminuíram e já há relatos de diminuição do odor
Alvo de reclamações de moradores de Porto Alegre desde o último final de semana, o gosto e o cheiro da água devem apresentar melhora a partir de quinta-feira (11), conforme estimativa do diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss. Segundo ele, a renovação ocorre à medida que o tratamento avança e a água vai sendo trocada nas casas com o uso.
— Conforme a gente vai tratando e bombeando, essa água vai sendo trocada — explica.
Loss diz que os técnicos já estão relatando uma diminuição do odor alterado, o que reforça a expectativa pela normalização ao longo da semana. Ele também salienta que houve uma queda nas queixas da população pelo telefone 156. Apesar da sensação desagradável, o Dmae garante que a água é segura para consumo.
— Seguimos monitorando para garantir a qualidade da água para o contribuinte. São feitas em torno de 2 mil análises por dia — reforça o diretor-geral.
Ainda nesta segunda-feira, foi aumentada a dosagem de dióxido de cloro, agente pré-oxidante, que auxilia na atenuação de gosto/odor na água. Segundo o órgão, o produto está sendo dosado 24 horas por dia.
Na terça-feira, o Dmae confirmou que, diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, o gosto e cheiro ruins na água tratada não são causados pela floração de algas. O problema tem relação com a estiagem que antecedeu o período chuvoso recente. A hipótese é que o grande volume de chuva dos últimos dias arrastou o material orgânico dos afluentes do Guaíba, como os rios Gravataí e Jacuí, interferindo na qualidade da água captada.
— Há um microrganismo que é o que causa esse cheiro de "terra molhada" sentido pelas pessoas — comenta Loss.
Além de Porto Alegre, há registro de reclamações em cidades da Região Metropolitana, como Gravataí, Cachoeirinha, Canoas e Guaíba. Nestes locais, a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) explica que a alteração se deve ao mesmo motivo da Capital e reforça a segurança para o consumo, apesar do padrão alterado.