Extinção gradual
Mais três linhas de ônibus de Porto Alegre ficam sem cobrador; EPTC planeja retirada maior no segundo semestre
Meta é chegar até final do ano com 50% das linhas operando sem o profissional
Começou a valer neste sábado (13), a autorização para que as linhas 343 (Campus/Ipiranga), 353 (Ipiranga/PUC/Ufrgs) e T8 (Campus/Farrapos) circulem sem cobrador na Capital. A medida foi publicada, no Diário Oficial de Porto Alegre (Dopa), e prevê que as linhas só funcionem sem os profissionais aos sábados, domingos e feriados.
O critério estabelecido considera os roteiros que transportam menos passageiros por viagem. No entanto, conforme o diretor técnico da EPTC, Flávio Caldasso, essa mudança não gera um impacto significativo em termos de percentual de cobradores que já deixaram a função em Porto Alegre.
A estimativa mais recente, divulgada pela prefeitura, calculava uma redução de cerca de 38% das linhas com cobradores. Até o momento, a Carris é a empresa com menor índice de retirada.
— Esse crescimento é gradual, sempre vamos escolhendo as linhas com menor volume de passageiros. Vamos fazer um movimento para o segundo semestre — adianta Caldasso.
A medida mais expressiva neste ano aconteceu no final de março, com a autorização de 37 linhas de ônibus para operar sem cobrador na Capital. A ideia da EPTC é que na segunda metade do ano haja uma operação parecida para chegar à meta de redução de 50% até o final de 2023.
De acordo com o diretor técnico, o planejamento é que todas as tabelas de ônibus estejam operando sem cobrador em 2025, por isso o cronograma pretende atingir 75% de redução em 2024, e os 25% restantes até o começo no ano seguinte.
— Todas as empresas entenderam, e a própria EPTC fez um esforço para que esses cobradores façam uma transição e recebam treinamento para outras funções — garante Caldasso.