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Material orgânico arrastado pela chuva altera gosto e cheiro da água do Guaíba, diz Dmae

Para o departamento, floração de algas não é a causa do problema atual

10/05/2023 - 09h43min


Salmo Duarte / Agencia RBS

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) confirmou nesta terça-feira (9) que, diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, o gosto e cheiro ruins na água tratada não são causados pela floração de algas. Entretanto, o problema tem relação com período de estiagem que antecedeu o período chuvoso recente. A alteração começou a ser sentida pela população de Porto Alegre desde o último final de semana.

Conforme o Dmae, a análise preliminar apontou para consequências do período da estiagem. A hipótese trabalhada pelos técnicos é que o grande volume de chuva dos últimos dias arrastou o material orgânico dos afluentes do Guaíba, como os rios Gravataí e Jacuí, interferindo na qualidade da água captada.

Ainda nesta segunda-feira (8), o Departamento aumentou a dosagem de dióxido de cloro, agente pré-oxidante, que auxilia na atenuação de gosto/odor na água. Segundo o órgão, o produto está sendo dosado 24 horas por dia e a expectativa é que nos próximos dias a população já sinta uma melhora.

Se o problema persistir, o Dmae não descarta a adição de carvão ativado no tratamento da água.

Além de Porto Alegre, há registro de reclamações de alterações em cidades da Região Metropolitana, como Gravataí, Cachoeirinha, Canoas e Guaíba. Nestas cidades, a Corsan explica que a alteração se deve ao mesmo motivo da Capital e reforça a segurança para o consumo, apesar do padrão alterado.


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