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Influenza

Com campanha nacional encerrada, vacinação contra a gripe atinge 45% da meta no RS e segue aplicando doses

Objetivo era alcançar 90% do público-alvo. Imunização seguirá ocorrendo até o término dos estoques

02/06/2023 - 10h03min

Atualizada em: 02/06/2023 - 10h04min


Pedro Nakamura
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Lauro Alves / Agencia RBS
Vera Triumpho, 78 anos, recebeu vacinas contra a gripe e a covid-19 no mesmo dia

Lançada em abril no país inteiro e com a meta de imunizar 5 milhões de gaúchos, a 25ª campanha vacinação contra a gripe chega ao fim nesta quarta-feira (31) com metade da cobertura prevista – cerca de 2,46 milhões de doses aplicadas, ou 45,3%, segundo números do Ministério da Saúde. O objetivo era atingir 90% do público-alvo, que era de idosos, crianças, grávidas e puérperas, pessoas com deficiências, povos indígenas, entre outros.

Com isso, a partir de agora, a vacinação segue aberta para um público ampliado até o término dos estoques. Qualquer um com idade a partir de seis meses pode se vacinar nos municípios gaúchos. Na atualização desta quarta-feira, restavam quase 3 milhões de doses no Estado, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Em Porto Alegre, há disponível cerca de 420 mil doses, segundo a Secretaria Municipal da Saúde.

— É importante fazer a vacina antes da chegada do inverno porque sabemos que aumentam as hospitalizações. Neste ano, temos de novidade a circulação (maior) do H1N1. A tendência é que temos maior número de internações e maior número de óbitos, e o H1N1 tá na vacina, ela protege. Assim como internações por influenza B, que a vacina também protege — explica a enfermeira Eliese Cesar, chefe da seção de Imunizantes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

Eliese afirma que a pasta irá intensificar ações junto com municípios, especialmente para incentivar a vacinação infantil contra a influenza. Entre as propostas, estão horários diferenciados, fora do comercial, ou aberturas aos finais de semana para unidades de saúde, para que pais possam levar seus filhos para se imunizarem. Além disso, ela reforçou que as emergências no Estado já apontam sinais de superlotação e que a vacinação previne que mais gente chegue aos hospitais.

Vacinação continua

Nesta quarta-feira (31), a reportagem de GZH esteve em dois postos de saúde da Capital e ambos registravam movimento intenso de procura por vacinas. Na Unidade Modelo, localizada no bairro Santana, onde entre 500 e 700 doses contra a influenza são aplicadas ao dia, a professora aposentada Vera Triumpho, 78 anos, aproveitou para receber o imunizante bivalente contra a covid-19 junto com a vacina que pretege do influenza.

— Sou uma cidadã que luta pela cidadania e é por isso que vim me vacinar. É só uma picadinha, mas tá “assim” de velhinhos com medo, que não querem, e nesses casos os filhos têm que ter responsabilidade por seus pais e os convencerem — diz a professora aposentada.

A enfermeira Elizete de Oliveira, coordenadora da Unidade Modelo, conta que quem procura o posto, como Vera, costuma aproveitar para fazer ambas as vacinas, a bivalente contra covid-19 e a contra a gripe, que é trivalente – contra duas cepas de gripe A e outra de gripe B. Não há qualquer impedimento de fazer as duas aplicações juntas. A procura, no entanto, durante a campanha, esteve baixa.

— Em outros anos, a campanha de vacinação contra a influenza foi mais movimentada — lamenta Elizete.

A técnica de enfermagem Mayara Barbosa, 28 anos, também se imunizou nesta quarta-feira, mas na unidade Santa Marta, no Centro Histórico. Ela aproveitou que estava com tempo e de passagem na região central de Porto Alegre para se imunizar.

— Tomei hoje por uma questão de tempo e oportunidade, já que nos bairros os postos estão cheios, são mais demorados e vamos deixando. Aqui em 15 minutos tomei a da gripe — conta Mayara, que mora no bairro Jardim Leopoldina.


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