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Posso Entrar?

Cris Silva: "Pode entrar, Vivi"

Colunista traz histórias inspiradoras de vida e trabalho todas as sextas-feiras

09/06/2023 - 09h00min

Atualizada em: 09/06/2023 - 09h00min


Agência RBS / Agência RBS
Cris Silva

Eu já contei centenas de histórias aqui na coluna. Tento sempre diversificar o tipo de negócio que vou mostrando, embora saiba que o mais importante é trazer a trajetória das mulheres que resolveram empreender. E, nesse ponto, cada uma tem a sua história. 

Hoje, apresento uma mulher que confirmou na profissão de enfermeira o propósito de vida e decidiu empreender num negócio que precisa, além de organização, muita generosidade e amor. 

Com vocês, Viviani Hansen, 39 anos, proprietária da Aconchego Geriatria, de Estância Velha. 

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FOI ASSIM 

arquivo pessoal / arquivo pessoal
Viviani atua na área há 10 anos

“Sou enfermeira formada há 15 anos, trabalhei em hospitais do Vale do Sinos e em outros residenciais geriátricos, antes de empreender. Iniciei esta jornada na área da geriatria há 10 anos, quando trabalhei em um lar de idosos e me apaixonei. Neste lugar pude encontrar meu verdadeiro dom, pois sempre fui muito ligada às pessoas. No convívio com elas, senti que dependiam de mim e, em troca, eu recebia sorrisos. Vi que poderia fazer algo a mais por eles nesse final de vida de cada um.”

O COMEÇO

“Após minha mãe adoecer, decidi seguir esse caminho e abrir meu próprio negócio, visando buscar uma qualidade de vida para pessoas que precisam de cuidados. Em julho de 2016, nascia a Aconchego Geriatria. No começo não foi fácil. Aliás, foi tudo difícil: a busca pelos pacientes, como fazer as pessoas conhecerem e indicarem a minha geriatria. Foi algo apreensivo. No primeiro ano, abri o lar sem pacientes. Meio ano depois, em dezembro, eu tinha sete e, desses, três foram para casa, pois se recuperaram. Pensei que iria fechar.” 

DESAFIOS

“Senti muito medo de ter que fechar a empresa, pois não conseguiria arcar com as despesas, mas uma cliente que é filha de uma paciente que está até hoje comigo disse: ‘Calma, você vai conseguir’. E, com isso, obtive forças, pois percebia a alegria desses familiares em ver seu pai e mãe sendo bem cuidados. E, assim, a cada dia, fui recebendo mais indicações, foi aumentando a procura, passando de oito pacientes iniciais para os 26 que temos atualmente.” 

MOTIVAÇÃO

arquivo pessoal / arquivo pessoal
Idosos são tratados como família

“O que me motiva a continuar são meus vovôs e vovós. A cada dia que eles me olham, sorriem, dizem que sentiram minha falta quando não vou vê-los no final de semana, tudo isso me traz uma imensa alegria e conforto ao meu coração. Saber que eu posso fazer a diferença no cuidado da vida deles não tem valor que pague! Quem escolhe a enfermagem, escolhe cuidar, e eu escolhi cuidar deles como se fossem meus! Sempre digo que são todos meus vovôs, que somos uma grande família!” 

DAQUI PRA FRENTE 

“Quero seguir cuidando deles até o dia que Deus me permitir, evoluir a cada dia mais, tanto nos cuidados quanto no conforto deles, pois os tenho como exemplos de vida. Minha gratidão será eterna por Deus ter me guiado até aqui e para essa profissão tão desafiadora e, ao mesmo tempo, tão gratificante!” 

RECADO DA CRIS

“Tudo que você faz com amor, a vida retribui com generosidade.” 



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