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Porto Alegre tem a cesta básica mais cara do país em julho, aponta Dieese

Capital registrou variação de 0,47% no mês passado; conjunto de itens básicos passou a custar R$ 777,16

04/08/2023 - 15h37min


GZH
Félix Zucco / Agencia RBS

A cesta básica de Porto Alegre fechou o mês de julho custando R$ 777,16, uma variação de 0,47% para cima na comparação com o mês anterior. O resultado coloca a capital gaúcha como a que tem o conjunto de itens básicos mais caro do país, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), publicado nesta sexta-feira (4). A flutuação nos últimos 12 meses é de 3,23% para cima. São Paulo (R$ 769,95), Florianópolis (R$ 746,66) e Rio de Janeiro (R$ 738,12) completam o grupo das capitais mais caras. 

Em Porto Alegre, o principal responsável pela alta foi o tomate, que variou positivamente 10,38% no preço, seguido da batata (3,59%), da banana (1,13%), do óleo de soja (0,88%) e do pão (0,74%). Por outro lado, seis itens ficaram mais baratos: o leite (-4,80%), o café (-3,98%), a farinha de trigo (-3,36%), o feijão (-3,00%), a manteiga (-1,98%) e a carne (-1,03%). O açúcar e o arroz ficaram estáveis no mês de julho.

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 547,22), João Pessoa (R$ 581,31), Recife (R$ 592,71) e Salvador (R$ 596,04). No mês de julho, o custo da cesta básica diminuiu em 13 das 17 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

Com base no valor da cesta mais cara, o Dieese calculou ainda qual seria o salário-mínimo ideal no país para cobrir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. De acordo com a entidade, o salário-mínimo deveria ser de R$ 6.528,93 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.320 reajustado em maio.


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