Coluna da Maga
Magali Moraes: mensagens para mim
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
A última atualização do WhatsApp trouxe uma novidade: dá pra mandar mensagens pra si mesmo. Essa possibilidade não é tão nova assim. Sempre gostei de conversar comigo, e o jeitinho brasileiro me ensinou como fazer isso. Bastava criar um grupo com alguém, e depois remover essa pessoa. Pronto, estava formado o grupo de um só. Dei o nome de Maga Teste, já que era um teste provisório. O nome ficou, nunca pensei em colocar foto. E usava esse autogrupo eventualmente a trabalho.
Agora é oficial. Que estranho enxergar na minha lista de conversas o Maga (Você). Desnecessário esse "você", já que sei que sou eu. Botaram até a minha foto, como fazem nas clonagens. Também achei falta de criatividade a descrição que a ferramenta criou: "Mensagens para mim". Já que somos tão próximas, eu gostaria de usar comigo mesma uma linguagem informal. Em vez de "para", "pra". E trocaria o Maga (Você) por Maga (Tu aí), mas o senhor Zap não me consultou a respeito.
Pronúncia
Nas opções pra editar meu próprio contato, é possível adicionar campo. Meio questionável. Posso adicionar a pronúncia do nome (é útil porque muitos me chamam de Magaliiii) e do sobrenome. Posso adicionar o nome de solteira. Opa! Como sabem que eu mudei o nome quando casei no século passado? Também tem a opção apelido. Invento outro, já que a ferramenta me chamou de Maga? Ou fui eu mesma? Estava quase dormindo quando aceitei a atualização. Ou ficava sem Zap, e isso não pode.
A grande novidade é poder editar as mensagens enviadas. A frase ficou confusa e quer reescrever? Escapou um erro de português e quer corrigir? Aperta em cima e altera, que atualiza automaticamente (aparece "editada" ao lado). É o fim de uma era. E das erratas. Pobre do asterisco, perdeu a utilidade. Ele costumava ser usado pra sinalizar correções de palavras. E o corretor automático, como fica? Enfim, poderemos corrigir seus erros constrangedores. Mas perderemos momentos engraçados.