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"Podemos esperar muitas tempestades com o final do inverno e a chegada da primavera", alerta meteorologista sobre tempo em setembro
Nos próximos dias, os volumes de precipitação podem variar de 100mm a 150mm em algumas regiões
Até o final do mês de setembro, período que marca a transição entre o inverno e a primavera, o Rio Grande do Sul terá outros períodos de chuva forte e tempestades, como o que resultou em enchentes pelo Estado nos últimos dias.
De acordo com a meteorologista da Climatempo Cátia Valente, nos próximos dias, por exemplo, os volumes de chuva podem variar de 100mm a 150mm nas regiões da metade Sul, Oeste e Noroeste. Na Região Metropolitana e na Capital, pode chover em menor intensidade.
Em áreas mais atingidas pelas enchentes, como o Vale do Taquari, deve chover menos nos próximos dias. Apesar da trégua da chuva em algumas regiões, o final do inverno deve ser marcado por temporais.
— No mês de setembro, podemos esperar muitas tempestades com o final do inverno e a chegada da primavera, que são as estações mais chuvosas do Estado — observa.
Segundo Cátia, o final de setembro é um período marcado pela ocorrência de chuvas.
— Teremos temporais grandes e instabilidades que tendem a ser frequentes ao longo dos próximos meses — alerta. Por conta da influência do El Niño, ela ressalta que devem ocorrer chuvas acima da normalidade no final de setembro e final de outubro.
O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Rogério Rezende, explica que uma frente fria começa a se deslocar na madrugada de quinta-feira (7) e deve se concentrar ao norte do Estado.
— E de segunda-feira (11) para terça-feira (12), teremos outra frente fria por todo o Estado que pode causar estrago maior na região Norte e Noroeste, trazendo mais chuva e mais vento — afirma.
El Niño
Conforme Rezende, não é possível assegurar que os eventos climáticos registrados no Estado foram provocados pelo fenômeno El Niño.
— A gente não tem como confirmar que é tudo efeito do El Niño. Tem outros fatores que contribuem, como as águas do Pacífico Equatorial e do Atlântico Sul. Botar toda a culpa no El Niño seria muito simplista — pondera, acrescentando que o ciclone não é causa, mas efeito e consequência de tudo que aconteceu:
— Ocorreu mais de um dia com frente fria, com sistema de baixa pressão do Paraguai e norte da Argentina associado a um corredor de umidade da Amazônia, que se juntou para causar o que causou, inclusive um ciclone. Tudo é um combo.
Ele é cauteloso ao projetar um cenário para as próximas semanas:
— É muito prematuro falar qualquer coisa. É preciso trabalhar em conjunto com a Defesa Civil.