Posso Entrar?
Cris Silva: "Pode entrar, Adry"
Colunista traz histórias inspiradoras de vida e trabalho todas as sextas-feiras
Outro dia eu li uma reportagem que dizia que 2020, aqui no Brasil, foi o ano com maior número de registro de empreendedores da história. Não exatamente por vocação, mas principalmente por necessidade. E é justamente essa tal necessidade que pode ser o começo para empreender. Com a personagem de hoje foi assim: depois de perder o emprego, ela colocou literalmente a mão na massa e começou seu negócio.
Com vocês, Adriana Flores, 45 anos, moradora do bairro Restinga, na Capital, e proprietária da Delícias da Adry.
FOI ASSIM
“Eu trabalhava como auxiliar de cozinha por quase cinco anos, até que, um dia, a firma encerrou o contrato, e eu fui demitida. Fiquei pensando: ‘O que eu posso fazer para me manter?’. Resolvi que iria produzir pão caseiro e vender de forma emergencial para conseguir ter uma renda.’’
O NEGÓCIO
“Depois do pão caseiro, me aventurei nos bolos. E aquela produção que era só para a família ganhou novos clientes. Comecei a vender para fora de casa. Então, resumindo, há cinco anos nascia a empresa, as Delícias da Adry. Faço tudo para festas, mas o meu carro-chefe são os bolos personalizados.”
DESAFIOS
“Sem dúvida, o momento mais difícil foi a chegada da pandemia. Ela chegou quando eu estava completando um ano do meu negócio, conquistando mais clientes e me estabilizando. Dei muitos passos para trás, o movimento caiu, muita coisa fechou e os pedidos praticamente pararam. Pensei, de novo, ‘E agora, o que eu vou fazer?’”
INCENTIVO
“Mais uma vez, eu precisava me reorganizar e buscar uma alternativa. Eu achava que só com bolos, docinhos e salgados eu não conseguiria continuar. Foi então, pela necessidade, que precisei me reinventar. Hoje, eu agradeço muito toda ajuda da minha família e das Empreendedoras da Restinga, que me deram suporte para continuar com ideias e palavras de incentivo.”
DEU CERTO
“Resolvi fazer um curso de comida congelada e, para minha alegria, ele deu muito certo. Entre uma venda e outra de bolos, eu tinha os pedidos de marmitas para me ajudar. Hoje, eu continuo com a produção de comida caseira e com os bolos, e tenho outros projetos em vista.”
DAQUI PRA FRENTE
“Quero ter a minha loja física, porque a virtual já é uma realidade. Venho ganhando novos clientes, e espero que meu trabalho seja reconhecido cada vez mais. Eu sempre digo para as amigas empreendedoras para nunca desistir. Só lamentar não vai ajudar. Tem que levantar, vestir a camiseta do sonho e ter força para realizar.”
Quem quiser conhecer mais o trabalho da Adry pode procurar no Instagram o perfil @delicias.da.adry.
RECADO DA CRIS
“Quando você tem uma meta, o que era obstáculo passa a ser etapa.”