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Estudantes da Capital desenvolvem aplicativo que facilita doações 

O DoaPOA busca conectar pessoas que tenham algo para doar a instituições responsáveis por encaminhar os itens a quem precisa

04/10/2023 - 13h11min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
O projeto foi lançado em agosto, após ser apresentado na Feira de Ciências da escola

Alunos do Colégio Militar de Porto Alegre desenvolveram um web aplicativo cujo objetivo é conectar pessoas que tenham algo para doar a instituições responsáveis por encaminhar os itens a quem precisa. Com o intuito de facilitar o processo de doações entre os porto-alegrenses, nasceu o DoaPOA. 

O projeto foi lançado em agosto, na Feira de Ciências do Colégio. Os estudantes Gisela Kassick, Lisandra Fagundes e Leonardo Gasparote, orientados pela professora de química Fernanda de Albuquerque, já trabalhavam no web aplicativo havia cinco meses. O trio planejava propor uma alternativa tecnológica para estimular as doações. Então, os integrantes se questionaram sobre o que poderia ser um agente dificultador do processo. 

– Realizamos um questionário online em que perguntávamos se o participante tinha algum item para doar eoque poderia dificultar a ação – explica Gisela. Com as respostas, descobriram que muitas pessoas não realizavam doações com frequência porque não tinham conhecimento de como e para quem poderiam destinar os itens. 

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Como funciona 

Por ser um web aplicativo, não é necessário baixá-lo: ele pode ser acessado pelo site doapoa.xyz. Na página inicial, o usuário pode direcionar o item para instituições parceiras. No início, eram sete, agora esse número passou para 11. Outra proposta trazida pelo grupo foi a possibilidade de se doar “caronas”. Ou seja, quem tem um item e não consegue fazer o deslocamento pode contar com outro doador para fazer o transporte. 

– Um elemento que também é bastante interessante é que o aplicativo direciona o usuário para a instituição mais próxima. Isso também facilita – comenta a professora. 

Para produzir o DoaPOA, os estudantes tiveram que aprender a desenvolver um aplicativo. Segundo Gisela, esse foi o principal desafio, mas é uma habilidade importante. Isso porque o trio tem autonomia para atualizar o app sempre que surgir uma demanda local. Foi o que aconteceu após o grupo tomar ciência da tragédia que atingiu municípios do Vale do Taquari. Na ocasião, os alunos atualizaram o aplicativo de forma imediata e criaram uma aba que direcionava as doações para as cidades. 

–A gente nem imaginava que iria acontecer, mas criamos o DoaPOA pensando também nas urgências que as regiões poderiam ter. Podemos atualizar a qualquer hora e dar um destaque maior para as cidades que mais precisam – conta Gisela. 

O projeto desenvolvido pelos estudantes foi selecionado para participar da etapa nacional da Feira de Ciências que reúne todos os Colégios Militares do Brasil e deverá ocorrer hoje, em Brasília. 

– Agora estamos nessa etapa de divulgação. Queremos que cada vez mais pessoas acessem o aplicativo e que possamos ver as doações crescerem – finaliza Gisela.

Produção: Nikelly de Souza



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