Os bastidores da Redação são atravessados por nossas próprias histórias. Compartilhamos situações inusitadas com uma certa frequência. É o ordinário do dia a dia que torna a convivência uma troca com bom humor – na maior parte das vezes. Afinal passamos oito horas por dia juntos por muitos dias no ano – melhor nem calcular. Aqui, na ilha do Diário Gaúcho, temos o dia do bolo compartilhado, a divisão do chimarrão, a vaquinha da cafeteira que ainda não vingou, os planos da festinha de final de ano, a contagem regressiva para o décimo terceiro. Enfim, um ambiente corporativo normal.

Mas, hoje, vou compartilhar uma situação vivida por uma colega que voltava para casa num dia normal e acabou numa perseguição. Ela estava na freeway e, por conta das obras, enfrentou um congestionamento no caminho. Um caminhão, ao cortar sua frente, raspou o para-choque do carro dela e saiu sem prestar qualquer satisfação. 

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Indignada com a atitude do caminhoneiro, a colega, que mora na Região Metropolitana, decidiu segui-lo para falar sobre o dano em seu carro. O que ela não contava era que ele não iria parar de jeito nenhum. Nem luz alta, buzinadas ou qualquer tentativa de contato pela janela fez o motorista parar. A situação virou uma perseguição até Osório, no Litoral Norte. Foi preciso a colega acionar a Polícia Rodoviária Federal para conseguir, enfim, ter contato com o caminhoneiro, que era de outro Estado. 

No outro dia, ela chega exausta no trabalho, ainda incrédula com o ocorrido. Eu e os outros ficamos de boca aberta com toda a história e, claro, rimos do quão absurdo parecia. O que poderia ser resolvido com uma rápida conversa se transformou em mais de quatro horas perdidas e quase 200 quilômetros percorridos. 

No dia seguinte, ela chega contando que teve que ajudar a salvar um vizinho, que passava mal, levando-o para a emergência. Um dia perseguindo, no outro sendo socorrista. Ainda aguardamos pela próxima aventura.