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Ricardo Düren: "Coisas que deveríamos saber"

Todas as quartas-feiras, jornalistas do Diário Gaúcho escrevem sobre temas do cotidiano

29/11/2023 - 06h00min


Ricardo Düren
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Agência RBS / Agência RBS
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Uma das muitas coisas que a maioria de nós não sabe fazer, mas deveria, é a manobra de Heimlich. Não se assuste com o nome. Henry Heimlich foi um médico americano que desenvolveu, em 1974, uma técnica para salvar pessoas que estão sufocando, engasgadas. O procedimento varia conforme a vítima – é uma para bebês e outra para crianças maiores e adultos. Dando uma zapeada na internet, se acha vários infográficos que ensinam como se faz.

E se encontram, também, várias notícias sobre bebês salvos por um triz, por bombeiros ou policiais que chegaram a tempo para o socorro. Só nos últimos 20 dias foram pelo menos dois casos aqui no Estado. 

Em um deles, em Sapucaia do Sul, PMs que estavam a caminho de uma operação policial pararam ao notar um carro que fazia sinais de luz para a viatura. Era uma mãe apavorada, com seu bebê sufocando. O outro episódio foi em Novo Hamburgo, onde guardas municipais atenderam aos gritos de uma mãe em desespero, com a filha de três meses engasgada com leite materno. 

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Nos dois casos, a sorte – ou a prontidão do anjo da guarda – colocou gente treinada no caminho, garantindo o final feliz.

Nunca esqueço de um fato parecido ocorrido há dois anos em Santa Cruz do Sul, minha cidade natal. Em uma noite de maio, uma jovem em pânico correu para rua com a filha de pouco mais de um mês engasgada. A bebê foi salva pelo vizinho da frente, um PM temporário chamado Róbson. 

Neste caso houve uma circunstância decisiva entre a vida e a morte: não era para Róbson estar por perto naquela noite. Lotado em Charqueadas, estava em casa por acaso, após uma troca de turno na escala. Bota anjo da guarda nisso.

Desde então, pergunto-me quantas outras vidas poderiam ser salvas se todos nós conhecêssemos a manobra de Heimlich e outras técnicas de primeiros socorros, como massagem cardíaca. São coisas que, penso eu, deveríamos aprender ainda na escola.  



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