Notícias



Para 2028

Com projeto de expansão, Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre pode ganhar até 110 novos leitos

Prefeitura da Capital e instituição de saúde também apresentaram planejamento para a reforma da fachada, que deve iniciar já no próximo ano

12/12/2023 - 15h15min


Jhully Costa
Jhully Costa
Enviar E-mail

Em quatro anos, o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre poderá contar com um segundo prédio no bairro Bom Fim, com capacidade para até 110 novos leitos. A ideia refere-se ao projeto de expansão da instituição de saúde, que foi apresentado na manhã desta segunda-feira (11). Além da ampliação, a prefeitura da Capital e a direção da entidade anunciaram o planejamento para a reforma da fachada da estrutura, que deve iniciar já em 2024.

De acordo com a diretora-geral do HPS, Tatiana Breyer, a expansão envolve a construção de um novo prédio, que vai se comunicar com a estrutura histórica, mas terá entrada pela Avenida José Bonifácio — o terreno já foi adquirido e limpo. A expectativa é de que o edifício tenha oito andares e 11 mil metros quadrados, com capacidade para abrigar até 110 leitos, ambulatório, espaço de ressonância magnética, raio X e áreas administrativas e de apoio.

Com a ampliação, o hospital teria mais do que o dobro do número atual de leitos, que é 95.

— Ele vai ter algumas coisas que neste prédio (atual) não tem e mais do que isso. Vai ter a organização de questões sanitárias, como a central de gases e a coleta de resíduos. Também vai ter toda a parte de apoio logístico de abastecimento, almoxarifado e farmácia, que já existe neste prédio, mas será mais moderno e mais eficiente — detalha Tatiana.

O investimento deve ser de R$ 140 milhões, sendo R$ 110 milhões para a construção do prédio e R$ 30 milhões em equipamentos. Conforme a diretora-geral, o projeto de expansão deve ser concluído em 2024 e, após a captação de recursos, as obras devem durar cerca de três anos. Ou seja, a previsão inicial de entrega dessa nova estrutura é para 2028.

Durante o evento, Tatiana destacou a relevância do hospital municipal para o Rio Grande do Sul. A instituição funciona 24 horas por dia e é referência no atendimento de vítimas de trauma, como acidentes de trânsito, quedas e queimaduras:

— A ideia é oferecer para as pessoas mais acesso. Isso significa desafogar a emergência e entregar mais saúde para os porto-alegrenses, então, obviamente, tem muita importância. Mas além disso, tem a ver com aquilo que as pessoas precisam. O HPS sempre foi um hospital reconhecido pelos gaúchos como uma grande porta de urgência e emergência. E queremos continuar assim, só que está muito pequeno, precisamos expandir.

O prefeito da Capital, Sebastião Melo, também participou da apresentação e esclareceu como deve ser feita a captação de recursos para a expansão. Segundo Melo, será criado um comitê especial, com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e outras pastas, para trabalhar na governança do projeto.

— Vamos trabalhar com várias alternativas. Primeiro, tem a questão dos imóveis de Porto Alegre, que pode destinar parte de recursos para cá. Segundo é o setor empresarial do Rio Grande do Sul, que não tenho dúvida nenhuma de que vai responder. E terceiro é o poder público, ou seja, as emendas municipais dos vereadores, deputados estaduais e federais. E também vou conversar com o poder judiciário — aponta.

Reforma da fachada

A prefeitura da Capital e a direção do HPS também anunciaram o planejamento para a revitalização da fachada da instituição. O projeto de reforma, chamado Retrofit, deve ser concluído ainda neste mês para que as obras iniciem em 2024 — quando o hospital completa 80 anos. A estimativa de entrega é até o final do próximo ano.

A proposta da reforma é criar um contraste entre o projeto original do prédio do hospital e as intervenções posteriores. Essa revitalização deve custar de R$ 3 milhões a R$ 5 milhões, que serão pagos pela prefeitura de Porto Alegre, afirmou Melo.

De acordo com Tatiana, a fachada foi pintada algumas vezes, mas possui uma série de problemas estruturais, como infiltrações.

— Todos os beirais são da época em que o prédio foi construído, e alguns caíram. Então, vamos precisar fazer essa reforma na fachada não só pelas questões estéticas, mas pelas questões de infraestrutura para evitar que tenhamos danos às pessoas que estão passando. Mesmo assim, queremos preservas as questões históricas — ressalta Tatiana.


MAIS SOBRE

Últimas Notícias