Você saberia completar a frase do título? Tem pavor de listas de resoluções para o Ano-Novo? Fica frustrado quando vê que não chegou nem perto de cumprir suas metas nos últimos 12 meses? Bem-vindo ao clube! Há algum tempo, minha lista de promessas de Réveillon tem apenas um item: não fazer promessas.

Outro dia vi na internet uma frase que resume tudo: ansiedade é o excesso de futuro. E é bem isso. Quanto mais nos preocupamos em atingir objetivos, em uma busca desenfreada por ficar mais magro, ler mais, trabalhar menos, desligar um pouco das redes sociais, mais bate aquele sentimento de não estar conseguindo cumprir o que propusemos a nós mesmos. E aí vem ela: a ansiedade. Afinal, na correria do dia a dia, no “ai, meu Deus, o ano já tá acabando e não fiz quase nada”, no medo de ir deixando pelo caminho as propostas não cumpridas, aí é que nos perdemos. Cada tropeço vira uma queda, os obstáculos ficam maiores do que realmente são, e os objetivos parecem cada vez mais distantes.

Não estou dizendo aqui que não devemos fazer planos, pelo contrário. O pulo do gato é diminuir as expectativas e viver o momento. Que tal trocar o “preciso emagrecer” por uma reeducação alimentar + exercícios físicos? “Ler mais” poderia se transformar em criar o hábito de ler 15 minutos antes de dormir (ou no ônibus, no intervalo do trabalho, como sua rotina permitir). Não precisa desligar totalmente das redes sociais, mas já tentaram tirar as notificações dos aplicativos do celular? O barulhinho – ou vibração, pra quem deixa no silencioso – aumenta a necessidade de ver quem mandou mensagem, rolar o feed, conferir os stories... 

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Dica

Se eu pudesse dar apenas um conselho neste apagar das luzes de 2023, seria: não se cobre tanto. Vire a chave, troque o “não cumpri meus objetivos” por “fiz o meu melhor”. Que 2024 nos seja mais leve e com menos cobranças.