O temporal que provocou caos em Porto Alegre e Região Metropolitana na terça passada foi, de novo, uma provação. Ultimamente, a natureza tem mostrado a sua força (ou seria fúria?), nos fazendo pensar sobre o aquecimento global e o "inocente" lixo jogado nas ruas que entope as bocas de esgoto. Eu não estava na cidade, e só acalmei o coração quando um vizinho querido entrou lá em casa pra avaliar a situação. Por um milagre, nada aconteceu. O prejuízo foi grande pra muita gente do prédio.

Tempestades tropicais, quem diria. Se por um lado uma chuvarada dessas é sinônimo de transtorno e preocupação, a chuva mansa é quase um colinho que conforta. Perfeita pra dormir bem, por isso todos os aplicativos de meditação oferecem diferentes sons de água que relaxam. Quem também agradece a chuva mansa são os gramados, jardins e plantações. Com ela, nada se destrói. É pura revitalização. Tá tranquilo se esquecer a sombrinha. E pra lavar a alma, os banhos de chuva.

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Calmaria

O contraste do temporal com a chuva mansa parece até a vida. Vai dizer que a gente não alterna momentos de tormenta e de calmaria? Aliás, eu amo a calmaria que significa tudo no seu lugar, tudo conforme o esperado. Mas as tempestades emocionais chegam de repente e nos atingem feito um raio fulminante. Seja uma doença, o fim de um relacionamento, perder o emprego e a esperança. Como nos temporais reais, falta luz dentro da gente. Dá dilúvio nos olhos e vendaval interno. 

Calma! Nessas horas, lembra da natureza. Logo mais a energia volta. O céu vai limpar, e um lindo arco-íris pode te surpreender. Falando nisso, estou na torcida pela paz individual e coletiva. Que nessa sexta os estragos da tempestade estejam sob controle, todo mundo com geladeira funcionando, água e as ruas livres das árvores tombadas. A cidade precisa se preparar melhor para os próximos temporais (assunto velho já). Fica aqui a minha paixão pela chuva mansa, e o bem que ela traz.