Como bom brasileiro que sou, escrevo esta coluna com um pezinho nas férias. Contando os dias para o merecido descanso remunerado, prestando louvores a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Mas antes mesmo de partir para o recluso laboral, começo a questionar se é tempo suficiente. Você, nobre leitor, também enfrenta este desafio quando chega a hora de tirar férias? Com a possibilidade de parcelar o descanso em até três períodos, é difícil saber o tempo exato para não atingir aquele momento em que a gente "cansa das férias". 

Já variei as mais possíveis janelas de descanso, desde apenas cinco dias até mais de 20 dias em férias. Confesso que não sei definir qual foi melhor. Mas acho que isso também depende do momento em que estamos, não? Seja na vida pessoal ou profissional. Pode ser que uma semana de respiro no meio da correria ajude. Mas também é possível que nem 30 dias de desafogo sejam suficientes. Neste intervalo que se avizinha será o maior período de férias que tiro em minha curta carreira. Será que vou "cansar de descansar?".

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Ritmo

E, convenhamos, não é só a quantidade de dias, mas o momento do ano para tirar as férias que também precisa ser bem pensado. No verão, no inverno, nas férias escolares, emendando com algum feriadão... ufa, muitas possibilidades! E se for para viajar, tem que organizar onde ficar, os passeios a serem feitos. Se for para praia, é cruzar os dedos esperando sol. Se subir a Serra, torcer pelo friozinho agradável. Tirar férias dá trabalho, né!?

Mas o que as férias também costumam mostrar é como vivemos num ritmo acelerado. Se você fica por casa durante este período, começa a buscar coisas para resolver que se acumularam ao longo do tempo. É um parafuso frouxo na saboneteira, uma telha rachada para trocar, aquela grama precisando de corte ou a faxina caprichada que vinha sendo empurrada com a barriga. O que você prefere? Sair, ficar, se ocupar ou descansar totalmente? Pode me responder, mas eu vou conferir só depois das férias. Até mais!