Coluna da Maga
Magali Moraes: sem dengo com a dengue
Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho
Com esse calorão, nem sei se eu quero um dengo. Mas dengue, definitivamente não. Estamos vivendo uma epidemia de Aedes Aegypti, o mosquito maldito que adora se reproduzir enquanto a gente curte o verão. Em diversos estados brasileiros, os cuidados estão sendo redobrados. Pelo menos é o que as campanhas de conscientização esperam. Aqui no Rio Grande do Sul, são alertas constantes. Todo mundo já sabe o que fazer pra se prevenir. Sabe mesmo? E faz?
Sempre é bom lembrar: qualquer água parada vira hotel 5 estrelas pra hospedar as larvas do mosquito. Seja nos pratinhos de vasos de folhagens (e dentro de vasos com plantas aquáticas), baldes, tonéis e caixas d'água sem tampa, pneus velhos, calhas de telhado, garrafas vazias e todo tipo de lixo acumulado. Bandejas úmidas de ar-condicionado também são pousadas charmosas pra receber o mosquito da dengue. Lugar melhor, só a nossa pele: somos alvo de picada sem nenhum dengo. Só dengue.
Listras brancas
Se um mosquito comum já incomoda, dói, coça, arde, incha, imagina esse aí. O Aedes Aegypti tem tamanho menor e listras brancas, é silencioso e gosta de picar principalmente durante o dia. Os sintomas da dengue são febre alta, dor no corpo, na cabeça e atrás dos olhos, manchas vermelhas na pele, falta de apetite, vômitos, dor abdominal intensa e contínua. Pode até confundir com o mal-estar da gripe, por isso tem que procurar o posto de saúde e tratar da maneira certa pra não dar hemorragia.
Li que os repelentes caseiros como citronela não funcionam, e recomendo que você leia mais sobre a dengue pra se prevenir. Informação e ação! Bora colocar tela nos ralos e areia nos pratinhos de vasos, virar as garrafas com a boca pra baixo e se livrar do lixo acumulado. Acabei de esvaziar um regador com água dentro, tão bonitinho e perigoso. Sem dengo com a dengue. Vamos guardar nosso carinho e afeto pra quem a gente gosta. Não pra um mosquito que só quer atrapalhar o verão.