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Coluna da Maga

Magali Moraes: ser mulher

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

08/03/2024 - 07h00min

Atualizada em: 08/03/2024 - 07h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Hoje é aquele dia que divide as mulheres e confunde os homens. Dar ou não os parabéns pelo 8 de março? E as flores recebidas, vão pro vaso ou pro lixo? É uma data de comemoração ou isso chega a ser uma afronta com tanta violência feminina e desigualdades salariais? Mas o que se conquistou até aqui não vale celebrar um pouquinho? No passado, a coisa era bem pior. No momento presente, com tanta informação e conscientização, não deveria estar bem melhor? E o futuro, como fica? 

Qual vai ser a sua reação, querida leitora, ao receber inúmeras mensagens de Dia da Mulher no WhatsApp? Vai encaminhar as mais bonitas ou cancelar quem enviou? Nos seus grupos, o assunto principal será a luta contra o patriarcado ou os mimos que ganhou no trabalho? Seu humor está mais pra café da manhã com bate-papo só pra mulheres ou palestra na escolinha do filho sobre como educar os novos homens? Entre todos os afazeres do dia, vai sobrar algum tempinho pra você relaxar?

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Amanhã

Eu não gosto dessa data, acho tudo forçado, preferia já pular pra amanhã. O que eu gosto mesmo é de ser mulher, não importa o calendário. Apesar dos sérios problemas que nos afetam, de todas as pressões que sofremos ao longo da vida, de tudo que segue errado e ainda precisa mudar, eu odiaria ter nascido homem. Prefiro a complexidade feminina, nossas contradições, intuição, sensibilidade. A forma como encaramos as tretas, os hormônios que nos tornam únicas, as tantas mulheres que podemos ser. 

Também dá pra ser um homem diferente, mais de acordo com a realidade. Recomendo a série espanhola Machos Alfa, que estreou faz pouco a sua segunda temporada na Netflix. Quatro amigos decidem fazer um curso de desconstrução do machismo pra se adaptarem aos novos (nem tão novos assim) tempos. A gente dá risada e se identifica com várias situações. Ninguém disse que seria fácil, mas todo mundo pode repensar e mudar. Homens e mulheres, inclusive. Viva o bom humor.



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