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Zona sul de Porto Alegre

Após rua ficar alagada, famílias precisam ser resgatadas pelos bombeiros no Bairro Hípica

Moradores dizem que Rua Dorival Castilho sofre há anos com problema de escoamento quando ocorre uma chuva forte 

30/04/2024 - 15h33min

Atualizada em: 30/04/2024 - 15h34min


Kathlyn Moreira
Kathlyn Moreira
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Kathlyn Moreira / Agencia RBS

Com auxílio de um bote, bombeiros fazem a retirada de moradores da Rua Dorival Castilho Machado, no bairro Hípica, na zona sul de Porto Alegre, nesta terça-feira (30), enquanto a água da chuva segue descendo e enchendo a via, que ficou totalmente bloqueada. Ao menos três famílias já saíram de suas residências e vão para casa de parentes. 

Uma delas é a da dona de casa Joice Maria Moreira Carvalho, 28 anos, que pegava no colo sua bebê de três meses, que estava enrolada em um cobertor rosa e era carregada por um dos bombeiros. O agente entregava uma capa de chuva da corporação para ajudar a agasalhar a criança. 

Kathlyn Moreira / Agencia RBS
Bombeiro resgata bebê em rua alagada na Zona Sul.

— Não tinha como ficar com eles nessa situação e ainda sem luz. Vamos para a casa de uma parente na Cidade Baixa — explica Joice, acompanhada dos outros filhos, duas meninas de nove e 10 anos, e de um menino de três.

Os cinco foram aguardar embaixo de uma parada de ônibus pela sogra de Joice, que mora na mesma rua. Já acostumados a ter que sair de casa, a família juntou algumas roupas, fraldas para a bebê e mais alguns pertences, sem saber quando poderão retornar. 

— Toda a vez que acontece isso eu preciso sair de casa. Já entrou água na sala, no quarto. Falta um degrau para chegar na cozinha — lamenta a camareira Leopoldina de Brito, 57 anos, sogra de Joice.

Ela afirma que a região está enfrentando mais problemas com o acúmulo de água nos últimos anos e com a construção de condomínios no entorno.

Meu marido é baixinho e saiu com a água quase tapando ele para trabalhar — reclama a moradora, enquanto esperava pelo transporte prometido pela prefeitura para ir até a casa da filha. 

Com água pelo joelho, o comerciante Rodrigo Carbone, 45, deixou sua casa e vinha trazendo nos braços um cãozinho abandonado no bairro.

— Não ia deixar ele morrer afogado — comenta.

O morador se diz indignado com a falta de providências para evitar os alagamentos na área.

Kathlyn Moreira / Agencia RBS
Cãozinho resgatado.

— Isso acontece há 30 anos e não tem uma solução — critica.

Chegando ao local, dois representantes da subprefeitura passaram a acompanhar a situação e conversar com os moradores. Eles afirmaram que a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) estava a caminho para atender a população e providenciar transporte.

— Nessa área aqui da Dorival Castilho Machado não tem a drenagem pluvial. Existem umas valas que normalmente escoam a água, mas quando tem água demais acaba não sendo suficiente para fazer a drenagem. E é muito próximo do Arroio do Salso, que é o nosso maior arroio aqui da região sul. E ao mesmo tempo também é uma área muito baixa. Já teve outros problemas de alagamento aqui, mas recentemente é o maior que aconteceu nos últimos tempos — conta o chefe de Democracia Participativa da Subprefeitura Sul, Gustavo Cruz da Silveira. 





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