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Troca de gestão

Cardiologia diz que não pode pagar R$ 41 milhões em rescisões de funcionários dos hospitais de Alvorada e Cachoeirinha

Afirmação foi feita pelo superintendente-executivo da instituição, Oswaldo Luis Balparda, ao programa "Gaúcha Atualidade". Instituição deixou administração das casas de saúde nesta segunda

01/04/2024 - 20h30min


GZH
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Jonathan Heckler / Agencia RBS
Superintendente-executivo do Instituto de Cardiologia (IC), Oswaldo Luis Balparda, admite falta de condições para pagar rescisões

A Fundação Universitária de Cardiologia (FUC), que se despediu da gestão do Hospital de Alvorada na madrugada desta segunda-feira (1º), não tem recursos para pagar as rescisões dos funcionários da instituição. O mesmo ocorre com as verbas rescisórias de trabalhadores do Hospital Padre Jeremias, em Cachoeirinha, que também deixará de ser administrado pela FUC. 

— As folhas de pagamento relativa ao mês de março serão, religiosamente, pagas no dia 5, dia do vencimento. As verbas rescisórias importam na faixa de R$ 41 milhões dos dois hospitais (de Alvorada e de Cachoeirinha). A FUC não tem recursos para isso, como era sabido pelo Estado, como era sabido pelos sindicatos — afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira, o superintendente-executivo do Instituto de Cardiologia (IC), Oswaldo Luis Balparda.

No entendimento dos sindicatos, o Estado é corresponsável pelo pagamento das rescisórias caso a instituição não possua condição de aportar os valores. Uma nova mediação entre sindicatos, governo e fundação está prevista para ocorrer no dia 4 de abril no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4).

A FUC, que administra o Instituto de Cardiologia, o Hospital de Cachoeirinha e outras instituições de saúde espalhadas pelo Rio Grande do Sul, foi responsável pela gestão do Hospital de Alvorada por 25 anos. Segundo Balparda, os  recursos desses dois hospitais que recebem novas gestões (Alvorada e Cachoeirinha) são insuficientes para a manutenção dos serviços.

— Tentando resumir rapidamente essa má gestão que se coloca, ela é fruto do problema que ocorre com vários hospitais filantrópicos. O que significa fazer mais do que a legislação exige, por uma remuneração muito inferior ao custo, e acabar financiando o seu desequilíbrio — acrescentou. Ele pontuou, ainda, que o desequilíbrio, muitas vezes, causa uma pressão de caixa difícil de lidar.

Ouça a entrevista do superintendente-executivo do Instituto de Cardiologia (IC), Oswaldo Luis Balparda:



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