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Coluna da Maga

Magali Moraes e as máquinas de pelúcia

Colunista escreve às segundas e sextas-feiras no Diário Gaúcho

22/04/2024 - 09h00min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Fernando Gomes / Agencia RBS
Magali Moraes

Você já deve ter encontrado várias no seu caminho. Talvez deixe ali uns bons trocados toda semana. As máquinas de bichos de pelúcia são a nova praga fofinha. Nos esperam nas entradas de supermercados, nos corredores de shoppings e onde mais possam testar seu poder de atração. A garra de metal que pega os bichos parece tão fácil de operar. Quem precisa esperar pra ir ao parque de diversões se pode tentar a sorte em uma dessas máquinas, e voltar pra casa com um unicórnio colorido?

Ursos, tartarugas, golfinhos, papagaios e outras espécies indefinidas (porém super fofas) são irresistíveis, né? Eu passo reto, sinto informar. Meu interesse é somente como objeto de estudo pra escrever essa coluna. Mas entendo a febre. Quando meus filhos eram pequenos, a praga da vez eram as máquinas de bolinhas pula-pula (chamávamos assim). Até quando eles não pediam, eu enfiava uma moeda e girava a chave que fazia cair na mão mais uma bolinha que pulava longe e sumia.

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Coleção

Descobri que existem caçadores de pelúcias. Como se fosse um safari na selva urbana, eles vão à caça pra aumentar sua coleção. Não penduram as cabeças dos bichos na parede, mas exibem seus troféus para os amigos. Menos mal que um elefante ou zebra de pelúcia não estão em extinção. No caso, o que desaparece é o dinheiro. E logo chega mais uma remessa de bichos pra abastecer as máquinas em novas caçadas. Tem até influenciador ensinando como capturar a pelúcia escolhida.

Com tantas habilidades pra se desenvolver, tem quem estude o manejo da garra. Porque não basta pegar qualquer um, tem que ser um bicho em especial. Nada contra, é provável que eu também sucumba à tentação quando vierem os netos. Adulto cansa de só caçar ofertas no supermercado. Entre brinquedos caríssimos pra parcelar no cartão e uma máquina de pelúcia pra alegrar o dia, não deixa de ser uma economia. Desde que o bicho não saia do aquário de vidro pra ser esquecido embaixo da cama.


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