Nessa semana, mais especificamente na quarta 17 de abril, eu completo nove anos de Diário Gaúcho. Escrever aqui é algo tão presente na minha rotina que parece que faço isso a vida inteira. Ao mesmo tempo, cada coluna é um marco zero: preciso conquistar sua atenção como se fosse a primeira vez. Que assunto escolher? Sobre o que eu ainda não falei? Será que alguém vai ler além da minha mãe? Vão comentar, elogiar, reclamar? Passou algum erro de português, por mais que eu revise muito?

A tal da inspiração brinca de esconde-esconde comigo. Acontece de ela aparecer de repente, e jogar no meu colo três ideias juntas. Se eu não anotar naquele exato momento, puf! Sumiu. Mas geralmente ela não facilita. Me faz correr atrás. Saio pela casa procurando sei lá o que, falo sozinha na rua, espremo o cérebro e a testa. Aí vem a hora da verdade: puxo a cadeira, sento e encaro a página em branco iluminada pela luz da tela do computador. Essa não perdoa. É sempre uma peleia das boas.

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Agradecer

Se fosse fácil, não seria tão legal. Você não imagina o quanto sou grata por fazer parte da sua vida através do DG. Faltaria espaço pra agradecer por cada coluna lida, cada incentivo ou crítica enviados por e-mail, cartinha de papel e mensagem nas redes sociais. Agradeço até pelas vezes em que você me leu pela metade ou só passou os olhos no título. De um jeito ou de outro, nos encontramos naquele dia. Logo vem mais uma segunda, outra sexta, e a gente se conecta de novo.

Quase uma década é tempo suficiente pra fazer amizade com leitoras e leitores (obrigada também por isso). Já aprendi que é impossível agradar todo mundo. Aliás, é libertador não ter essa pretensão. Em todo caso, desculpe qualquer coisa. Te convido a seguir comigo nessa jornada gostosa que é deixar o dia a dia mais leve. O cotidiano é sempre igual, sempre diferente. Depende de como a gente olha pra ele. Parabéns pra nós!! E obrigada aos colegas do DG pela confiança.