Deve ser concluída no prazo a construção do Mercado Público de Gravataí, na Região Metropolitana. A ordem de início da obra foi assinada em maio do ano passado, com previsão de ser concluída em até 12 meses. No início de abril, o canteiro alcançou 75% de conclusão. 

E durante o mês, houve avanço, como a reportagem do Diário Gaúcho pôde conferir em visita ao espaço na semana passada. Os trabalhos a todo vapor reforçam a expectativa de cumprir o cronograma previsto pelo poder público.

Entretanto, mesmo próximo de estar pronto, o local ainda não tem previsão de abrir as portas. Isso porque a prefeitura ainda estuda o modelo de funcionamento. Ao que tudo indica, o caminho escolhido será firmar um convênio com uma organização ou entidade para administrar a locação dos espaços e cuidar da manutenção do prédio. Mas não ainda não há definição sobre quem será esta administradora.

— O mercado será mais um importante ponto comercial e de convívio das pessoas, contribuindo com a economia local ao gerar renda, empregos e oportunidades para inúmeras famílias — projeta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Maria Lima de Campos.

Espaço fica na região central de Gravataí

Ao menos uma dezena de homens se dividia entre arremates, rebocos e colocação de revestimentos na manhã em que o DG circulou pelo antigo ginásio Aldeião. O mercado vai ocupar a antiga estrutura esportiva, agora revitalizada. A escolha pela reestruturação é motivada pela boa localização do prédio e, principalmente, pelo desuso do espaço para prática esportiva ao longo dos últimos anos. 

Ainda assim, outra opção para atividades físicas já está disponível aos moradores da cidade. No último dia 12, a prefeitura inaugurou o Ginásio Aline Fofonka, nome em homenagem à ex-atleta de vôlei gravataiense. O espaço fica junto do Centro Administrativo onde está a nova sede da prefeitura, no bairro São Vicente.

Homenagem aos açorianos na construção

Com investimento de de R$ 8,8 milhões, o futuro Mercado Público de Gravataí terá terá 2,5 mil metros quadrados de área construída, com dois andares, 27 lojas, espaço para restaurante e terraço. 

A obra também possibilitará, para as 11 lojas laterais, a colocação de mesas e cadeiras para os clientes consumirem no local. Há projeção para receber até seis food trucks no terreno. O mercado ainda terá espaço cultural com palco para apresentações, estacionamento e acessibilidade total. 

O que chama atenção é a arquitetura do projeto, que tem por objetivo homenagear os açorianos, povo de origem portuguesa que fez parte da imigração ao Rio Grande do Sul, principalmente, de Porto Alegre e Região Metropolitana no século XVIII.

A fachada das lojas tem um aspecto de vilarejo, com revestimento imitando tijolos de barro e também um telhado do mesmo material. Aberturas arredondadas enfeitam os estandes comerciais. Na parte da frente do antigo ginásio, já é possível ver as pinturas em homenagem aos açorianos. 

Desde a paisagem do arquipélago, com pequenas casas de pescadores, até a ilustração da caça de baleias, prática dos açorianos séculos atrás. Hoje, a caça do mamífero é proibida em muitos países, inclusive o Brasil.