Uma combinação de sistemas meteorológicos deve ser a causa de chuva persistente em todas as regiões do Rio Grande do Sul. A previsão é que a condição comece nesta quarta-feira (10) e siga até segunda-feira (15), com chances de temporal em alguns municípios. Na Região Metropolitana, o volume de chuva pode chegar aos 200 milímetros em cinco dias.

Uma frente fria, uma condição de bloqueio atmosférico e a configuração de infiltração marítima (é a umidade levada do mar para o continente por ventos marítimos, que sopram do mar para o continente) são responsáveis pelas áreas de instabilidade que se forma pelo Estado. A nebulosidade já começa nesta quarta-feira, assim como a chuva em algumas cidades. Na quinta-feira (11), a condição se intensifica, trazendo chuva para todo o Rio Grande do Sul. Neste dia, há chance de temporais na Região Norte e na Serra.

Na sexta-feira (12), segundo a Climatempo, a nebulosidade e a chuva persistem em todo o Estado, mas a chance de temporal se concentra mais na faixa norte, alcançando municípios do Litoral Norte e da Região Metropolitana. Já no sábado (13), há risco de temporais generalizados em todo o Rio Grande do Sul.

— Não tem risco de granizo, mas tem chance de temporal. Então pode acontecer aquele combo de vento com chuva intensa — afirma Guilherme Alves Borges, meteorologista da Climatempo. Segundo ele, na sexta-feira e no sábado, a tendência é que o céu permaneça cinza e com pancadas de chuva o dia inteiro.

No domingo (14), a previsão é de céu nublado, com pancadas de chuva e trovoadas, em todo o Estado. Temporais podem acontecer na Campanha, Região dos Vales e Missões. Na segunda-feira (15), a tendência é semelhante. Nebulosidade e chuva com poucas aberturas de sol em todo o Rio Grande do Sul. Na Serra e na Região Metropolitana, o dia deve ser menos chuvoso e nublado. Em compensação, há risco de temporal na Campanha, Região Central e Missões.

— Há chances de essa instabilidade continuar até quarta-feira (17). Até esse final de semana, a metade norte do Estado deve ser mais afetada. Na semana seguinte, deve ser a metade sul. Como a chuva será persistente, o volume poderá ser alto ao final dos cinco dias — defende Vanessa Gehm, meteorologista da Sala de Situação do RS.

Segundo Vanessa, o volume total de chuva em Torres deve ficar em torno dos 130 milímetros durante o período, valor superior à média climatológica para todo o mês de abril. Em Passo Fundo, deve chover um pouco menos da média climatológica de abril, que, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é de 140,2 milímetros. Em Júlio de Castilhos, na Região Central, a expectativa é de cerca de 100 milímetros em cinco dias.

— Na Serra e na Região Metropolitana o volume total de chuva deve ficar entre 100 e 200 milímetros no final dos cinco dias — prevê Borges. Em Porto Alegre, por exemplo, o volume habitual de chuva para todo mês de abril é 114,4 milímetros.